Abordagem
A roséola geralmente é diagnosticada com base na apresentação clássica de febre alta, de início súbito, em lactente de 6 a 24 meses de idade previamente saudável; a febre dura de 3 a 7 dias. A resolução da febre está associada ao início de máculas e pápulas vermelhas distintas no tronco e nos membros. Em pacientes com essa apresentação clássica, o diagnóstico clínico pode ser realizado com base na história e nos achados do exame físico (geralmente no momento da resolução da febre). Diarreia e sintomas no trato respiratório superior também são relatados, embora não sejam diagnósticos. Investigações laboratoriais raramente são necessárias. Um hemograma com diferencial pode mostrar inicialmente leucócitos elevados, que podem evoluir para leucócitos baixos com neutropenia relativa e linfocitose atípica.[10] Pode haver piúria estéril em alguns bebês com roséola.[13]
Exame físico
Os achados do exame físico são limitados no início da evolução da doença, embora até 15% das crianças apresentem um episódio de convulsão febril. Foi descrito um enantema (erupção intra-oral) composto de pápulas vermelhas no palato mole e na úvula (manchas de Nagayama).[10][14] O exantema típico, que ocorre de 3 a 5 dias após o início da doença, consiste em máculas e pápulas avermelhadas no tronco, no pescoço e nos membros proximais e, ocasionalmente, na face. O exantema esmaece no período de algumas horas a dias. Outros sinais associados à roséola incluem inflamação timpânica, edema periorbital, fontanela anterior abaulada, linfadenopatia (cervical, pós-auricular e/ou occipital) e dor abdominal.[15]
Investigações laboratoriais
A sorologia raramente é realizada e pode ser necessária somente para crianças com fatores clínicos complicadores (por exemplo, encefalite). A medição dos níveis de imunoglobulina M (IgM) não é confiável no diagnóstico de infecção por herpes-vírus humano (HHV) tipo 6 ou HHV-7. A medição dos níveis de imunoglobulina G (IgG) tem valor diagnóstico para infecções primárias por HHV-6/HHV-7 quando varia de não detectado a positivo.[9] A detecção por reação em cadeia da polimerase do DNA viral pode ser útil, especialmente naqueles que são imunossuprimidos (por exemplo, após transplante de medula óssea) e é um adjuvante da sorologia. No entanto, distinguir entre infecção ativa e latente pode ser problemático; no entanto, ensaios especiais de reação em cadeia da polimerase estão disponíveis para distinguir entre infecção latente (cromossomicamente integrada [ciHHV-6]) versus infecção ativa. Outras ferramentas diagnósticas incluem cultura viral e microscopia eletrônica, embora ambas sejam raramente usadas em quadros clínicos agudos. A cultura viral não é usada com frequência porque, isoladamente, não distingue com precisão a infecção primária aguda por HHV-6/HHV-7 da infecção latente ou persistente. Além disso, não está disponível comercialmente.[16]
Biópsia de pele
Raramente realizada. A biópsia da pele afetada mostra achados de exantema viral inespecífico com infiltrado linfocítico perivascular esparso na derme.
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