Colangiocarcinoma
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
doença ressecável
ressecção parcial do fígado
Os pacientes com tumores ressecáveis apresentam: ausência de evidência de metástases, envolvimento de linfonodos regionais, extensão para a veia porta ou extensão ductal bilateral, e volume hepático funcional suficiente; exames de imagem indicando a possibilidade do cirurgião conseguir ressecar com margens livres e remover o tumor de, pelo menos, um lado da árvore biliar; nenhuma comorbidade que os impeça de serem submetidos à cirurgia.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
O objetivo da cirurgia é atingir as margens negativas (há uma taxa de sobrevida de 5 anos de 20% a 43% se isso ocorrer).[48]Yeh CN, Jan YY, Yeh TS, et al. Hepatic resection of the intraductal papillary type of peripheral cholangiocarcinoma. Ann Surg Oncol. 2004;11:606-611. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15172934?tool=bestpractice.com [49]Nakagohri T, Asano T, Kinoshita H, et al. Aggressive surgical resection for hilar-invasive and peripheral intrahepatic cholangiocarcinoma. World J Surg. 2003;27:289-293. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12607053?tool=bestpractice.com [50]Isaji S, Kawarada Y, Taoka H, et al. Clinicopathological features and outcome of hepatic resection for intrahepatic cholangiocarcinoma in Japan. J Hepatobiliary Pancreat Surg. 1999;6:108-116. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10398896?tool=bestpractice.com [51]Berdah SV, Delpero JR, Garcia S, et al. A western surgical experience of peripheral cholangiocarcinoma. Br J Surg. 1996;83:1517-1521. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9014664?tool=bestpractice.com Os preditores positivos de sobrevida são margens negativas, ausência de comprometimento dos linfonodos, lesões solitárias e ausência de invasão vascular. O comprometimento hilar diminui a sobrevida média para 12 a 24 meses, partindo-se de um valor de 18 a 30 meses para os tumores mais distais. A laparoscopia de estadiamento pode ser considerada em conjunto com a cirurgia se nenhuma metástase à distância for encontrada.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Nos pacientes com doença de alto risco com tumores únicos recorrentes ou primários pequenos, <3 cm, a ablação térmica pode ser usada como uma alternativa à ressecção cirúrgica.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
embolização pré-operatória da veia porta ou drenagem biliar
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A embolização pré-operatória da veia porta pode contribuir para a redução de complicações e da mortalidade relacionada à cirurgia, podendo ser considerada para pacientes submetidos a hepatectomia direita ou ressecção maior, como trissegmentectomia.[65]Makuuchi M, Thai BL, Takayasu K, et al. Preoperative portal embolization to increase safety of major hepatectomy for hilar bile duct carcinoma: a preliminary report. Surgery. 1990;107:521-527. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2333592?tool=bestpractice.com [66]Nagino M, Nimura Y, Kamiya J, et al. Changes in hepatic lobe volume in biliary tract cancer patients after right portal vein embolization. Hepatology. 1995;21:434-439. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7843717?tool=bestpractice.com Ela também pode ser considerada para pacientes submetidos à hepatectomia com uma taxa de ressecção planejada excedendo 50% a 60%, especialmente aqueles com fígado ictérico.
A drenagem biliar pré-operatória tem sido utilizada para reduzir a morbidade e a mortalidade em pacientes com icterícia obstrutiva. No entanto, revisões sistemáticas e metanálises não encontraram nenhuma evidência de benefício clínico, e continua sendo um procedimento controverso.[67]Liu F, Li Y, Wei Y, et al. Preoperative biliary drainage before resection for hilar cholangiocarcinoma: whether or not? A systematic review. Digest Dis Sci. 2011;56:663-672. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20635143?tool=bestpractice.com [68]Celotti A, Solaini L, Montori G, et al. Preoperative biliary drainage in hilar cholangiocarcinoma: Systematic review and meta-analysis. Eur J Surg Oncol. 2017 Sep;43(9):1628-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28477976?tool=bestpractice.com [69]Fang Y, Gurusamy KS, Wang Q, et al. Meta-analysis of randomized clinical trials on safety and efficacy of biliary drainage before surgery for obstructive jaundice. Br J Surg. 2013 Nov;100(12):1589-96. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24264780?tool=bestpractice.com [70]Mumtaz K, Hamid S, Jafri W. Endoscopic retrograde cholangiopancreaticography with or without stenting in patients with pancreaticobiliary malignancy, prior to surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2007;(3):CD006001. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17636818?tool=bestpractice.com Geralmente, a drenagem biliar pré-operatória não é necessária para os pacientes com uma lesão ressecável quando a cirurgia puder ser realizada poucos dias após o diagnóstico. As diretrizes da Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) e do American College of Gastroenterology (ACG) recomendam contra a drenagem biliar pré-operatória de rotina especificamente para os pacientes com obstrução biliar extra-hepática maligna.[71]Dumonceau JM, Tringali A, Papanikolaou IS, et al. Endoscopic biliary stenting: indications, choice of stents, and results: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Clinical Guideline - Updated October 2017. Endoscopy. 2018 Sep;50(9):910-930. https://www.doi.org/10.1055/a-0659-9864 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30086596?tool=bestpractice.com [72]Elmunzer BJ, Maranki JL, Gómez V, et al. ACG Clinical guideline: diagnosis and management of Biliary Strictures. Am J Gastroenterol. 2023 Mar 1;118(3):405-26. https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2023/03000/acg_clinical_guideline__diagnosis_and_management.14.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36863037?tool=bestpractice.com As diretrizes da ESGE e do ACG também recomendam que a drenagem biliar pré-operatória seja reservada aos pacientes com colangite, icterícia sintomática grave (por exemplo, prurido intenso), protelamento da cirurgia, ou antes da quimioterapia neoadjuvante em pacientes com icterícia.[71]Dumonceau JM, Tringali A, Papanikolaou IS, et al. Endoscopic biliary stenting: indications, choice of stents, and results: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Clinical Guideline - Updated October 2017. Endoscopy. 2018 Sep;50(9):910-930. https://www.doi.org/10.1055/a-0659-9864 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30086596?tool=bestpractice.com [72]Elmunzer BJ, Maranki JL, Gómez V, et al. ACG Clinical guideline: diagnosis and management of Biliary Strictures. Am J Gastroenterol. 2023 Mar 1;118(3):405-26. https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2023/03000/acg_clinical_guideline__diagnosis_and_management.14.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36863037?tool=bestpractice.com No entanto, as orientações da American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) observam que, em pacientes submetidos a ressecção para um colangiocarcinoma peri-hilar ou distal, recomenda-se a drenagem biliar pré-operatória do fígado remanescente, se houver obstrução biliar.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
quimioterapia ± imunoterapia ± radioterapia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se a ressecção for bem-sucedida e não houver doença residual local, os pacientes podem ser acompanhados por observação, incluídos em um ensaio clínico ou receber quimioterapia.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Com base em evidências de um ensaio clínico randomizado e controlado de fase 3, a American Society of Clinical Oncology, a National Comprehensive Cancer Network (NCCN) dos EUA e a American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) recomendam a quimioterapia com capecitabina adjuvante por 6 meses para todos os pacientes após a ressecção.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Shroff RT, Kennedy EB, Bachini M, et al. Adjuvant Therapy for Resected Biliary Tract Cancer: ASCO Clinical Practice Guideline. J Clin Oncol. 2019 Apr 20;37(12):1015-1027. https://www.doi.org/10.1200/JCO.18.02178 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30856044?tool=bestpractice.com [54]Primrose JN, Fox RP, Palmer DH, et al. Capecitabine compared with observation in resected biliary tract cancer (BILCAP): a randomised, controlled, multicentre, phase 3 study. Lancet Oncol. 2019 May;20(5):663-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30922733?tool=bestpractice.com
Além disso, a NCCN recomenda o tratamento com durvalumabe, em combinação com gencitabina e cisplatina, em pacientes que desenvolvem doença recorrente mais de 6 meses após a cirurgia com intenção de cura e mais de 6 meses após a conclusão da terapia adjuvante.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [56]Oh DY, Aiwu RH, Qin S, et al. Durvalumab plus gemcitabine and cisplatin in advanced biliary tract cancer. NEJM Evid 2022 Jun 1;1(8). https://evidence.nejm.org/doi/full/10.1056/EVIDoa2200015 Os pacientes com características de alto risco após a ressecção, como linfonodos positivos, podem se beneficiar de radioterapia adjuvante com quimioterapia concomitante.[60]Apisarnthanarax S, Barry A, Cao M, et al. External beam radiation therapy for primary liver cancers: an ASTRO clinical practice guideline. Pract Radiat Oncol. 2022 Jan-Feb;12(1):28-51. https://www.doi.org/10.1016/j.prro.2021.09.004 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34688956?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens de agentes quimioterápicos.
excisão cirúrgica
Os pacientes com tumores ressecáveis apresentam: ausência de evidência de metástases, envolvimento de linfonodos regionais, extensão da veia porta ou extensão ductal bilateral e volume hepático funcional suficiente; exames de imagem indicando a possibilidade de o cirurgião conseguir ressecar com margens livres e remover o tumor de, pelo menos, um lado da árvore biliar; nenhuma comorbidade que os impeça de serem submetidos à cirurgia.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
Para pacientes com colangiocarcinoma extra-hepático, o tipo de cirurgia depende da localização do tumor:
Tumores que estão dentro do terço proximal da árvore biliar extra-hepática devem ser removidos por ressecção hilar, hepatectomia parcial combinada com ressecção do lobo caudal e linfadenectomia.[61]Nimura Y, Hayakawa N, Kamiya J, et al. Hepatic segmentectomy with caudate lobe resection for bile duct carcinoma of the hepatic hilus. World J Surg. 1990;14:535-544. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2166381?tool=bestpractice.com
Tumores no terço médio são submetidos a uma excisão do ducto biliar extensa com linfadenectomia. Hepatectomia parcial ou duodenopancreatectomia pode ser necessária para alcançar a remoção total do tumor.
Os tumores extra-hepáticos distais devem ser removidos com duodenopancreatectomia com linfadenectomia.
Os tumores podem ser removidos por ressecção da veia porta quando esta estiver envolvida. Essa abordagem confere um benefício marginal em relação à não ressecção.[62]Abbas S, Sandroussi C. Systematic review and meta-analysis of the role of vascular resection in the treatment of hilar cholangiocarcinoma. HPB (Oxford). 2013;15:492-503. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23750491?tool=bestpractice.com
embolização pré-operatória da veia porta ou drenagem biliar
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A embolização pré-operatória da veia porta pode contribuir para a redução de complicações e da mortalidade relacionada à cirurgia, podendo ser considerada para pacientes submetidos a hepatectomia direita ou ressecção maior, como trissegmentectomia.[65]Makuuchi M, Thai BL, Takayasu K, et al. Preoperative portal embolization to increase safety of major hepatectomy for hilar bile duct carcinoma: a preliminary report. Surgery. 1990;107:521-527. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2333592?tool=bestpractice.com [66]Nagino M, Nimura Y, Kamiya J, et al. Changes in hepatic lobe volume in biliary tract cancer patients after right portal vein embolization. Hepatology. 1995;21:434-439. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7843717?tool=bestpractice.com Ela também pode ser considerada para pacientes submetidos à hepatectomia com uma taxa de ressecção planejada excedendo 50% a 60%, especialmente aqueles com fígado ictérico.
A drenagem biliar pré-operatória tem sido utilizada para reduzir a morbidade e a mortalidade em pacientes com icterícia obstrutiva. No entanto, revisões sistemáticas e metanálises não encontraram nenhuma evidência de benefício clínico, e continua sendo um procedimento controverso.[67]Liu F, Li Y, Wei Y, et al. Preoperative biliary drainage before resection for hilar cholangiocarcinoma: whether or not? A systematic review. Digest Dis Sci. 2011;56:663-672. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20635143?tool=bestpractice.com [68]Celotti A, Solaini L, Montori G, et al. Preoperative biliary drainage in hilar cholangiocarcinoma: Systematic review and meta-analysis. Eur J Surg Oncol. 2017 Sep;43(9):1628-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28477976?tool=bestpractice.com [69]Fang Y, Gurusamy KS, Wang Q, et al. Meta-analysis of randomized clinical trials on safety and efficacy of biliary drainage before surgery for obstructive jaundice. Br J Surg. 2013 Nov;100(12):1589-96. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24264780?tool=bestpractice.com [70]Mumtaz K, Hamid S, Jafri W. Endoscopic retrograde cholangiopancreaticography with or without stenting in patients with pancreaticobiliary malignancy, prior to surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2007;(3):CD006001. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17636818?tool=bestpractice.com Geralmente, a drenagem biliar pré-operatória não é necessária para pacientes com lesão ressecável quando a cirurgia pode ser realizada poucos dias após o diagnóstico. As diretrizes da Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) e do American College of Gastroenterology (ACG) não recomendam a drenagem biliar pré-operatória de rotina, especificamente para pacientes com obstrução biliar extra-hepática maligna.[71]Dumonceau JM, Tringali A, Papanikolaou IS, et al. Endoscopic biliary stenting: indications, choice of stents, and results: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Clinical Guideline - Updated October 2017. Endoscopy. 2018 Sep;50(9):910-930. https://www.doi.org/10.1055/a-0659-9864 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30086596?tool=bestpractice.com [72]Elmunzer BJ, Maranki JL, Gómez V, et al. ACG Clinical guideline: diagnosis and management of Biliary Strictures. Am J Gastroenterol. 2023 Mar 1;118(3):405-26. https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2023/03000/acg_clinical_guideline__diagnosis_and_management.14.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36863037?tool=bestpractice.com As diretrizes da ESGE e do ACG também recomendam que a drenagem biliar pré-operatória seja reservada aos pacientes com colangite, icterícia sintomática grave (por exemplo, prurido intenso), protelamento da cirurgia, ou antes da quimioterapia neoadjuvante em pacientes com icterícia.[71]Dumonceau JM, Tringali A, Papanikolaou IS, et al. Endoscopic biliary stenting: indications, choice of stents, and results: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Clinical Guideline - Updated October 2017. Endoscopy. 2018 Sep;50(9):910-930. https://www.doi.org/10.1055/a-0659-9864 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30086596?tool=bestpractice.com [72]Elmunzer BJ, Maranki JL, Gómez V, et al. ACG Clinical guideline: diagnosis and management of Biliary Strictures. Am J Gastroenterol. 2023 Mar 1;118(3):405-26. https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2023/03000/acg_clinical_guideline__diagnosis_and_management.14.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36863037?tool=bestpractice.com No entanto, as orientações da AASLD observam que, em pacientes submetidos a uma ressecção para colangiocarcinoma peri-hilar ou distal, recomenda-se a drenagem biliar pré-operatória do fígado remanescente se houver obstrução biliar.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com
quimioterapia ± imunoterapia ± radioterapia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se o tumor for removido com sucesso e não houver linfonodos positivos, o paciente pode ser monitorado por observação, inscrito em um ensaio clínico ou fazer quimioterapia com/sem radioterapia.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Recomenda-se o tratamento com quimioterapia adjuvante com capecitabina por 6 meses para todos os pacientes após a ressecção.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Shroff RT, Kennedy EB, Bachini M, et al. Adjuvant Therapy for Resected Biliary Tract Cancer: ASCO Clinical Practice Guideline. J Clin Oncol. 2019 Apr 20;37(12):1015-1027. https://www.doi.org/10.1200/JCO.18.02178 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30856044?tool=bestpractice.com
Se as margens da ressecção forem positivas ou se houver comprometimento de linfonodos, deverá ser oferecida ao paciente quimioterapia isoladamente ou em combinação com radioterapia.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Shroff RT, Kennedy EB, Bachini M, et al. Adjuvant Therapy for Resected Biliary Tract Cancer: ASCO Clinical Practice Guideline. J Clin Oncol. 2019 Apr 20;37(12):1015-1027. https://www.doi.org/10.1200/JCO.18.02178 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30856044?tool=bestpractice.com [63]Valle JW, Furuse J, Jitlal M, et al. Cisplatin and gemcitabine for advanced biliary tract cancer: a meta-analysis of two randomised trials. Ann Oncol. 2014;25:391-398. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24351397?tool=bestpractice.com [64]Yang R, Wang B, Chen YJ, et al. Efficacy of gemcitabine plus platinum agents for biliary tract cancers: a meta-analysis. Anticancer Drugs. 2013;24:871-877. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23799294?tool=bestpractice.com
Os pacientes que desenvolvem doença recorrente mais de 6 meses após a cirurgia com intenção de cura e mais de 6 meses após a conclusão da terapia adjuvante poderão receber imunoterapia em conjunto com a quimioterapia (durvalumabe, em combinação com gencitabina e cisplatina).[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [56]Oh DY, Aiwu RH, Qin S, et al. Durvalumab plus gemcitabine and cisplatin in advanced biliary tract cancer. NEJM Evid 2022 Jun 1;1(8). https://evidence.nejm.org/doi/full/10.1056/EVIDoa2200015
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens de agentes quimioterápicos.
doença irressecável
transplante de fígado
A maioria dos colangiocarcinomas é irressecável. Os critérios que tornam um tumor irressecável são:[73]Jarnagin WR, Fong Y, DeMatteo RP, et al. Staging, resectability, and outcome in 225 patients with hilar cholangiocarcinoma. Ann Surg. 2001;234:507-519. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1422074 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11573044?tool=bestpractice.com
Fatores do paciente: comorbidade; cirrose hepática coexistente.
Fatores relacionados ao tumor: extensão do tumor para os ramos biliares secundários; encarceramento ou oclusão da veia porta principal na porção proximal à bifurcação; atrofia de um lobo hepático com encarceramento ou oclusão de ramo contralateral da veia porta; atrofia de um lobo hepático com extensão contralateral do tumor para os ramos biliares secundários; extensão unilateral do tumor para os ramos biliares secundários com encarceramento ou oclusão contralateral de ramo da veia porta; metástase para linfonodos regionais histologicamente comprovada; metástases no pulmão, fígado ou peritônio.
Os resultados são mistos para o transplante de fígado, mas ele pode ser sustentado em grupos altamente selecionados de pacientes com doença irressecável. Eles incluem pacientes com doença avançada localmente (tipicamente hilar) envolvendo os grandes vasos circundantes (veia porta, artéria hepática) e extensão para os ramos biliares secundários. Os pacientes com inflamação biliar subjacente (por exemplo, colangite esclerosante primária) ou disfunção hepática impedindo a cirurgia também podem ser qualificados para o transplante de fígado.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [74]Sudan D, DeRoover A, Chinnakotla S, et al. Radiochemotherapy and transplantation allow long-term survival for nonresectable hilar cholangiocarcinoma, Am J Transplant. 2002;2:774-779. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12243499?tool=bestpractice.com [75]Heimbach JK, Gores GJ, Haddock MG, et al. Liver transplantation for unresectable perihilar cholangiocarcinoma. Semin Liver Dis. 2004;24:201-207. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15192792?tool=bestpractice.com [76]Rea DJ, Heimbach JK, Rosen CB, et al. Liver transplantation with neoadjuvant chemoradiation is more effective than resection for hilar cholangiocarcinoma. Ann Surg. 2005;242:451-461. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1357753 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16135931?tool=bestpractice.com O envolvimento regional dos linfonodos e a presença de metástase à distância descartam o paciente do transplante.
quimioterapia ± radioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A maioria dos centros com grandes volumes que realizam o transplante de fígado usa quimioterapia ou quimiorradioterapia neoadjuvantes, considerando que isso limitará a recorrência de metástase e disseminação linfática.[77]Heimbach JK, Haddock MG, Alberts SR, et al. Transplantation for hilar cholangiocarcinoma. Liver Transpl. 2004;10(10 suppl 2):S65-S68. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15382214?tool=bestpractice.com
quimioterapia ± imunoterapia ± radioterapia
A maioria dos colangiocarcinomas é irressecável. Os critérios que tornam um tumor irressecável são:[73]Jarnagin WR, Fong Y, DeMatteo RP, et al. Staging, resectability, and outcome in 225 patients with hilar cholangiocarcinoma. Ann Surg. 2001;234:507-519. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1422074 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11573044?tool=bestpractice.com
Fatores do paciente: comorbidade; cirrose hepática coexistente.
Fatores relacionados ao tumor: extensão do tumor para os ramos biliares secundários; encarceramento ou oclusão da veia porta principal na porção proximal à bifurcação; extensão unilateral do tumor para os ramos biliares secundários com encarceramento ou oclusão contralateral de ramo da veia porta; atrofia de um lobo hepático com encarceramento ou oclusão de ramo contralateral da veia porta; atrofia de um lobo hepático com extensão contralateral do tumor para os ramos biliares secundários; metástase para linfonodos regionais histologicamente comprovada; metástases no pulmão, fígado ou peritônio.
Dentro do grupo de pacientes que têm doença irressecável, apenas um pequeno número é qualificado para o transplante de fígado. Eles incluem pacientes com doença avançada localmente, envolvendo os grandes vasos circundantes (veia porta, artéria hepática) e extensão para os ramos biliares secundários. Os pacientes com inflamação biliar subjacente (por exemplo, colangite esclerosante primária) ou disfunção hepática impedindo a cirurgia também podem ser qualificados para o transplante de fígado.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [74]Sudan D, DeRoover A, Chinnakotla S, et al. Radiochemotherapy and transplantation allow long-term survival for nonresectable hilar cholangiocarcinoma, Am J Transplant. 2002;2:774-779. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12243499?tool=bestpractice.com [75]Heimbach JK, Gores GJ, Haddock MG, et al. Liver transplantation for unresectable perihilar cholangiocarcinoma. Semin Liver Dis. 2004;24:201-207. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15192792?tool=bestpractice.com [76]Rea DJ, Heimbach JK, Rosen CB, et al. Liver transplantation with neoadjuvant chemoradiation is more effective than resection for hilar cholangiocarcinoma. Ann Surg. 2005;242:451-461. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1357753 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16135931?tool=bestpractice.com
Cada paciente é considerado de maneira individual. Aos pacientes que não atendem aos critérios acima, normalmente é oferecida a quimioterapia com gencitabina associada a um composto da platina, isoladamente ou em combinação com radioterapia.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [63]Valle JW, Furuse J, Jitlal M, et al. Cisplatin and gemcitabine for advanced biliary tract cancer: a meta-analysis of two randomised trials. Ann Oncol. 2014;25:391-398. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24351397?tool=bestpractice.com [64]Yang R, Wang B, Chen YJ, et al. Efficacy of gemcitabine plus platinum agents for biliary tract cancers: a meta-analysis. Anticancer Drugs. 2013;24:871-877. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23799294?tool=bestpractice.com Após a evolução com quimioterapia com gencitabina e platina, a combinação de FOLFOX (ácido folínico, fluoruracila e oxaliplatina) pode ser uma terapia de segunda linha adequada.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [78]Lamarca A, Palmer DH, Wasan HS, et al. Second-line FOLFOX chemotherapy versus active symptom control for advanced biliary tract cancer (ABC-06): a phase 3, open-label, randomised, controlled trial. Lancet Oncol. 2021 May;22(5):690-701. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8082275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33798493?tool=bestpractice.com No entanto, em decorrência da taxa de resposta limitada nesse tumor, o tratamento pode ser descontinuado se a progressão da doença for confirmada por exames de imagem. Vários tumores que apresentam redução do estádio podem ser considerados ressecáveis depois da quimiorradiação.[79]Urego M, Flickinger JC, Carr BI. Radiotherapy and multimodality management of cholangiocarcinoma. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1999;44:121-126. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10219804?tool=bestpractice.com Em pacientes com colangiocarcinoma irressecável, o tratamento transarterial baseado em quimioterapia pode oferecer um benefício de sobrevida de 2-7 meses em comparação com a terapia sistêmica.[80]Ray CE Jr, Edwards A, Smith MT, et al. Metaanalysis of survival, complications, and imaging response following chemotherapy-based transarterial therapy in patients with unresectable intrahepatic cholangiocarcinoma. J Vasc Interv Radiol. 2013;24:1218-1226. http://www.jvir.org/article/S1051-0443%2813%2900801-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23725793?tool=bestpractice.com
As diretrizes da NCCN recomendam que o durvalumabe ou o pembrolizumabe, em combinação com gencitabina e cisplatina, devem ser considerados para o tratamento primário dos pacientes com câncer do trato biliar irressecável e metastático.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [56]Oh DY, Aiwu RH, Qin S, et al. Durvalumab plus gemcitabine and cisplatin in advanced biliary tract cancer. NEJM Evid 2022 Jun 1;1(8). https://evidence.nejm.org/doi/full/10.1056/EVIDoa2200015 [81]Kelley RK, Ueno M, Yoo C, et al. Pembrolizumab in combination with gemcitabine and cisplatin compared with gemcitabine and cisplatin alone for patients with advanced biliary tract cancer (KEYNOTE-966): a randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2023 Jun 3;401(10391):1853-65. https://hal.science/hal-04089083 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37075781?tool=bestpractice.com O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) no Reino Unido recomenda o durvalumabe em combinação com gencitabina e cisplatina como uma opção para o tratamento dos pacientes com câncer do trato biliar irressecável, localmente avançado ou metastático.[82]National Institute for Health and Care Excellence. Durvalumab with gemcitabine and cisplatin for treating unresectable or advanced biliary tract cancer. Jan 2024 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta944
A quimioterapia pode ser combinada com quimiorradiação.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O sequenciamento de próxima geração deve ser considerado para tentar identificar alterações genéticas específicas relevantes no paciente, para orientar adicionalmente as opções de tratamento de segunda linha.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com Deve-se considerar a inclusão dos pacientes em ensaios clínicos.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens de agentes quimioterápicos.
terapia paliativa
A opção alternativa para tumores irressecáveis é o cuidado paliativo. Os objetivos da paliação são a resolução dos sintomas e a melhora da qualidade de vida. A obstrução biliar é a complicação mais comum quando um tumor é irressecável ou um paciente não é adequado para a cirurgia. As opções para aliviar a obstrução biliar incluem derivação cirúrgica, colocação endoscópica de endoprótese biliar e drenagem biliar percutânea. A derivação biliar cirúrgica está associada com maior morbidade e mortalidade associadas ao procedimento.
Terapia locorregional ou opções terapêuticas direcionadas ao fígado (amplamente categorizadas em ablação, terapias direcionadas arterialmente e radioterapia) podem ser consideradas para o colangiocarcinoma intra-hepático irressecável, localmente avançado e limitado ao fígado.[7]Bowlus CL, Arrivé L, Bergquist A, et al. AASLD practice guidance on primary sclerosing cholangitis and cholangiocarcinoma. Hepatology. 2023 Feb 1;77(2):659-702. https://journals.lww.com/hep/Fulltext/2023/02000/AASLD_practice_guidance_on_primary_sclerosing.29.aspx http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36083140?tool=bestpractice.com [34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 As opções de ablação incluem crioablação, terapia fotodinâmica, ablação por radiofrequência, ablação por micro-ondas e eletroporação irreversível.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 As terapias arterialmente direcionadas incluem a embolização transarterial, a quimioembolização transarterial, a quimioembolização transarterial com esferas farmacológicas e o ítrio 90.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Os pacientes com doença extra-hepática limitada (linfonodo hilar ≤3 cm ou ≤5 nódulos pulmonares cada um ≤1 cm) podem ser considerados para terapia arterialmente direcionada em combinação com a terapia sistêmica.[34]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: biliary tract cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [53]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: hepatobiliary cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal