Epidemiologia
A prevalência de incontinência varia de acordo com a idade e se a enurese ocorre durante o dia ou à noite. A incontinência diurna varia de 3.2% a 9.0% em crianças de 7 anos, de 1.1% a 4.2% naquelas de 11 a 13 anos e de 1.2% a 3.0% em adolescentes de 15 a 17 anos. A enurese noturna na comunidade diminui com a idade; em vários contextos geográficos, incluindo Estados Unidos, Holanda e Hong Kong, o intervalo é de cerca de 5% a 10% entre crianças de 5 anos, 3% a 5% entre crianças de 10 anos e cerca de 1% entre indivíduos com 15 anos ou mais.[1]
É mais comum em meninos, com uma proporção entre o sexo masculino e o sexo feminino de 2:1.[3][4] O transtorno também pode ter maior prevalência em jovens com dificuldades de aprendizagem ou transtorno de deficit da atenção com hiperatividade.[1]
A história natural do controle da urina é que a maioria das crianças fica seca durante o dia antes de ficar seca durante a noite. A média de idade de treinamento esfincteriano aumentou nos últimos 50 anos. Em um estudo de coorte prospectivo, a média de idade para se manter seco durante o dia foi 3.5 anos, e a média de idade para se manter seco durante a noite foi 4 anos.[5]
Em adultos saudáveis entre 18 e 64 anos de idade, os estudos mostram uma prevalência de 0.5% de enurese.[6] Um relatório do Reino Unido afirma que entre 2% e 3% das crianças de 12 a 14 anos e 1% a 2% das pessoas acima de 15 anos têm enurese noturna duas vezes por semana, em média.[7] Diretrizes europeias relatam que 7 a cada 100 crianças com enurese noturna aos 7 anos continuarão tendo esse problema na idade adulta, enfatizando a necessidade do tratamento precoce.[3] Dada essa porcentagem substancial de pacientes ainda afetados na idade adulta, a vigilância é importante no tratamento das crianças, pois sabe-se que a enurese pode ter implicações secundárias, tanto na sua saúde psicológica quanto para a futura saúde miccional.[1]
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