História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores de risco incluem abuso de álcool, uso de drogas por via intravenosa, relação sexual sem proteção, obesidade e transfusão de sangue.
distensão abdominal
Sintoma de cirrose descompensada secundária à ascite na hipertensão portal.
icterícia e prurido
Sugestivos de cirrose descompensada secundária à excreção hepática reduzida de bilirrubina conjugada para a árvore biliar. O prurido é secundário à secreção comprometida da bile.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: IcteríciaCentros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Dr. Thomas F. Sellers/Emory University; usado com permissão [Citation ends].
sangue no vômito (hematêmese) e fezes negras (melena)
Sintomas de cirrose descompensada secundária à hemorragia gastrointestinal de varizes gastroesofágicas na hipertensão portal.
alterações das mãos e unhas (por exemplo, leuconíquia, eritema palmar, nevos arâneos)
Os achados físicos característicos nas mãos e unhas na doença hepática crônica incluem: leuconíquia (unhas brancas) secundária à hipoalbuminemia, unhas desgastadas secundárias ao coçar excessivo no prurido, eritema palmar (vermelhidão nas eminências tenar e hipotenar), nevos arâneos (se branqueiam com a pressão e, ramos semelhantes a uma teia de aranha se enchem a partir de uma arteríola central), hematomas, baqueteamento digital e depósitos de colesterol nas fendas palmares na colangite biliar primária, e contratura de Dupuytren na doença hepática alcoólica.[40][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Vista pré-operatória de uma pequena contratura de flexão do dedoDo acervo do Dr. C. M. Rodner; usado com permissão [Citation ends].
características faciais (por exemplo, telangiectasia, nevos arâneos, esclera ictérica)
Os achados físicos característicos na face na doença hepática crônica incluem: telangiectasia (lesões focais vermelhas que resultam de dilatação irreversível de pequenos vasos sanguíneos da pele), nevos arâneos (ramos semelhantes a uma teia de aranha que se enchem a partir de uma arteríola central e que clareiam com a pressão), hematoma, rinofima, edema da glândula parótida, pele com aparência apergaminhada (vasos sanguíneos filiformes aleatoriamente distribuídos) e língua vermelha na doença hepática alcoólica; dermatite seborreica, esclera ictérica e xantelasma (placas amarelas nas pálpebras, secundárias à deposição de lipídios) na colangite biliar primária.
características abdominais (por exemplo, circulação colateral, hepatoesplenomegalia, distensão)
Os achados físicos característicos do abdome na doença hepática crônica incluem: circulação colateral da parede abdominal ao redor do umbigo (cabeça de medusa), hematomas, hepatomegalia, esplenomegalia, distensão abdominal (particularmente nos flancos) com macicez móvel e teste da onda positivo secundário à ascite, sopro hepático (pode estar presente com hepatoma vascular), e perda dos pelos corporais e atrofia testicular nos homens.
Incomuns
estado mental alterado
Sintoma de cirrose descompensada secundária à encefalite portossistêmica.
Outros fatores diagnósticos
comuns
sintomas constitucionais
Os pacientes com cirrose podem ser assintomáticos ou ter sintomas constitucionais inespecíficos, como fadiga, fraqueza e perda de peso.
edema dos membros inferiores
Sintoma de cirrose descompensada secundária ao edema periférico decorrente de hipoalbuminemia.
odor hepático
Odor doce e pútrido da respiração na cirrose descompensada secundário ao desvio portossistêmico.
perda de massa muscular
Achado físico comum na doença hepática crônica secundário à desnutrição e ao estado hipercatabólico.
edema periférico
Sinal de cirrose descompensada secundário à retenção de sal e à função sintética hepática reduzida levando à hipoalbuminemia.
Incomuns
infecções recorrentes
Podem estar presentes em pacientes com cirrose descompensada e são secundárias à imunidade celular comprometida.
diminuição da libido
Sintoma de cirrose descompensada secundário a alterações hormonais e atrofia testicular, observado mais comumente nos pacientes com doença hepática alcoólica e com hemocromatose.
características da parede torácica (por exemplo, ginecomastia)
Achados físicos característicos no tórax na doença hepática crônica incluem ginecomastia (brotamento mamário aumentado, sensível e firme) e perda dos pelos corporais nos homens e atrofia da mama nas mulheres.
dispneia
A dispneia ao esforço é um sintoma incomum associado a complicações pulmonares da hipertensão portal. Nos pacientes com síndrome hepatopulmonar, a platipneia e a ortodeoxia são classicamente descritas; os pacientes também podem desenvolver baqueteamento digital e cianose. A dispneia pode ocorrer com hidrotórax hepático.
dor torácica
Pode ocorrer na hipertensão portopulmonar.
síncope
Pode ocorrer na hipertensão portopulmonar.
Fatores de risco
Fortes
abuso de álcool
uso de substâncias por via intravenosa
relação sexual sem proteção
obesidade
país de nascimento
As hepatites B e C são endêmicas em determinadas regiões do mundo.[32]
Fracos
transfusão sanguínea
As hepatites B ou C, ambas conhecidas por causar cirrose, podem ser contraídas de hemoderivados contaminados, embora esse risco seja extremamente pequeno devido ao rastreamento rotineiro dos doadores de sangue e dos hemoderivados para hepatites virais.[30][31] Uma transfusão de sangue antes de 1992, ou uma transfusão de fator de coagulação antes de 1987, são fatores de risco nos EUA.
tatuagem
A tatuagem é um fator de risco quando as precauções universais não são observadas adequadamente.[33] Os pacientes devem ser orientados em relação a isso.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal