Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

doença leve

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tratamento da causa subjacente + terapia de suporte

Os pacientes com glomerulonefrite leve são tipicamente assintomáticos com hematúria isolada, proteinúria mínima ou ausente e/ou taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) normal.[1]

O tratamento é específico para o paciente e direcionado à causa subjacente (por exemplo, antivirais ou antibióticos para infecções, suspensão de medicamentos causadores).

A terapia de suporte para controlar as complicações também é importante. Ela pode incluir um inibidor da ECA (por exemplo, enalapril, lisinopril, ramipril) ou um antagonista do receptor de angiotensina II (por exemplo, candesartana, irbesartana, losartana) para reduzir a proteinúria e/ou controlar a hipertensão. A terapia combinada com inibidor da ECA/antagonista do receptor de angiotensina II deve ser evitada devido ao risco de lesão renal aguda e hipercalemia, bem como à falta de dados de segurança e eficácia.[1] Geralmente, os pacientes iniciam com uma dose baixa e a dose é gradualmente ajustada com base na resposta clínica (por exemplo, pressão arterial, nível de potássio, TFGe) até uma dose máxima tolerada.

Modificações do estilo de vida, como aumentar a atividade física, aderir a uma dieta com baixo teor de sal e abandonar o hábito de fumar também são benéficas para melhorar a morbidade.[1]

O acompanhamento frequente para proteinúria, função renal, perfil lipídico e pressão arterial é necessário para retardar ou prevenir de maneira efetiva a doença renal crônica.

As nefrotoxinas, como os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), devem ser evitadas.

Opções primárias

enalapril: 2.5 a 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia

ou

lisinopril: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia

ou

ramipril: 1.25 a 2.5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

ou

candesartana: 8-16 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 32 mg/dia

ou

irbesartana: 75-150 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia

ou

losartana: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 100 mg/dia administrados em 1-2 doses fracionadas

doença moderada a grave

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tratamento da causa subjacente + terapia de suporte

Os pacientes com glomerulonefrite moderada a grave geralmente são sintomáticos com hematúria, proteinúria e/ou taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) reduzida.[1]

O tratamento é específico para o paciente e direcionado à causa subjacente (por exemplo, antivirais ou antibióticos para infecções, suspensão de medicamentos causadores).

A terapia de suporte para controlar as complicações também é importante. Ela pode incluir um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II para reduzir a proteinúria e/ou controlar a hipertensão. A terapia combinada com inibidor da ECA/antagonista do receptor de angiotensina II deve ser evitada devido ao risco de lesão renal aguda e hipercalemia, bem como à falta de dados de segurança e eficácia.[1] Geralmente, os pacientes iniciam com uma dose baixa e a dose é gradualmente ajustada com base na resposta clínica (por exemplo, pressão arterial, nível de potássio, TFGe) até uma dose máxima tolerada. Existem muitos medicamentos diferentes disponíveis nessas classes e você deve consultar o formulário de medicamentos local.

Modificações do estilo de vida, como aumentar a atividade física, aderir a uma dieta com baixo teor de sal e abandonar o hábito de fumar também são benéficas para melhorar a morbidade.[1]

O acompanhamento frequente para proteinúria, função renal, perfil lipídico e pressão arterial é necessário para retardar ou prevenir de maneira efetiva a doença renal crônica.

As nefrotoxinas, como os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), devem ser evitadas.

Opções primárias

enalapril: 2.5 a 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia

ou

lisinopril: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia

ou

ramipril: 1.25 a 2.5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia

ou

candesartana: 8-16 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 32 mg/dia

ou

irbesartana: 75-150 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia

ou

losartana: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 100 mg/dia administrados em 1-2 doses fracionadas

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associado a – 

diurético ± estatina ± anticoagulação

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes com doença grave podem apresentar síndrome nefrótica, que é caracterizada por proteinúria ≥3.5 g por 24 horas (ou relação proteína/creatinina ≥300 mg/mmol [≥3000 mg/g]) na presença de hipoalbuminemia, edema e hiperlipidemia.[1]

O manejo da síndrome nefrótica pode incluir um diurético de alça (por exemplo, furosemida) para o edema, terapia com estatina para a hiperlipidemia e profilaxia anticoagulante se houver alto risco de tromboembolismo.[1] Consulte os protocolos locais para obter orientação sobre anticoagulação e a terapia com estatinas.

Opções primárias

furosemida: 40-120 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas, ajuste a dose de acordo com a resposta, máximo de 600 mg/dia; 20-40 mg por via intravenosa/intramuscular como uma dose única inicialmente, aumentar em 20 mg/dose a cada 2 horas de acordo com a resposta, a dose determinada individualmente deve ser administrada uma ou duas vezes ao dia

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Considerar – 

terapia imunossupressora (TI)

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes que apresentam síndrome nefrótica são frequentemente tratados com um imunossupressor, como um corticosteroide (por exemplo, prednisolona) e/ou um agente poupador de corticosteroides (por exemplo, ciclofosfamida, rituximabe, um inibidor de calcineurina, micofenolato). A escolha da terapia imunossupressora depende da causa da síndrome nefrótica e requer consulta especializada. Muitos pacientes precisarão de imunossupressão de manutenção, dependendo da etiologia subjacente. Os detalhes precisos variam de acordo com cada doença, e o tratamento de manutenção deve ser individualizado.

A profilaxia para complicações da terapia imunossupressora pode ser necessária.

Para obter informações sobre algumas das causas mais comuns de síndrome nefrótica (por exemplo, doença de lesão mínima), consulte Avaliação da síndrome nefrótica (Diferenciais).

rapidamente progressiva

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terapia imunossupressora + plasmaférese

A glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) é uma síndrome clínica caracterizada por um rápido declínio da função renal e requer tratamento urgente para evitar a insuficiência renal.

O tratamento para GNRP causada por anticorpo antimembrana basal glomerular (anti-GBM; também conhecida como doença de Goodpasture) envolve uma estratégia agressiva que combina corticosteroides, ciclofosfamida e plasmaférese.[1]

Consultar doença de Goodpasture.

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terapia imunossupressora (TI)

A glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) é uma síndrome clínica caracterizada por um rápido declínio da função renal e requer tratamento urgente para evitar a insuficiência renal.

A GNRP pode ser mediada por imunocomplexos: por exemplo, em distúrbios autoimunes (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, artrite reumatoide), na nefropatia por imunoglobulina A (IgA) ou após uma infecção.[1][41]

Os pacientes que apresentam GNRP mediada por imunocomplexos são frequentemente tratados com um imunossupressor, como um corticosteroide (por exemplo, prednisolona) e/ou um agente poupador de corticosteroides (por exemplo, ciclofosfamida, rituximabe, um inibidor de calcineurina, micofenolato).[41] A escolha da terapia imunossupressora depende da causa da GNRP e requer consulta especializada. Muitos pacientes precisarão de imunossupressão de manutenção, dependendo da etiologia subjacente. Os detalhes precisos variam de acordo com cada doença, e o tratamento de manutenção deve ser individualizado.

A profilaxia para complicações da terapia imunossupressora pode ser necessária.

Consultar nefropatia por IgA.

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terapia imunossupressora (TI)

A glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) é uma síndrome clínica caracterizada por um rápido declínio da função renal e requer tratamento urgente para evitar a insuficiência renal.

A GNRP pauci-imune pode ser diagnosticada na ausência de anticorpos antimembrana basal glomerular (anti-GBM) ou de deposição de imunocomplexos. As causas incluem a granulomatose com poliangiite e a poliangiite microscópica.[1][40]

O tratamento da GNRP pauci-imune frequentemente envolve um imunossupressor, como um corticosteroide (por exemplo, prednisolona) e ciclofosfamida ou rituximabe.[40] A escolha da terapia imunossupressora depende da causa da GNRP e requer consulta especializada. Muitos pacientes precisarão de imunossupressão de manutenção, dependendo da etiologia subjacente. Os detalhes precisos variam de acordo com cada doença, e o tratamento de manutenção deve ser individualizado.

Consultar Granulomatose com poliangiite.

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