Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

CONTÍNUA

doença leve a moderada

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1ª linha – 

corticosteroide tópico ou imunomodulador tópico +/- emoliente

A doença leve a moderada inclui pacientes com pequenas lesões, sintomas mínimos ou inexistentes e ausência de envolvimento interno associado. Imunomoduladores e corticosteroides tópicos (por exemplo, tacrolimo) são igualmente efetivos como tratamento inicial.

Os corticosteroides tópicos são úteis para diminuir a inflamação da pele e o prurido associado.[4] Agentes de potência baixa a moderada (por exemplo, hidrocortisona, triancinolona) devem ser usados no rosto, virilha e áreas intertriginosas. Agentes de potência mais alta (por exemplo, clobetasol) podem ser usados por até 2 semanas e devem ser empregados com cautela na população pediátrica.

Possíveis efeitos colaterais dos corticosteroides tópicos incluem irritação, atrofia, telangiectasias, estrias e alterações na pigmentação. O uso de corticosteroides tópicos de alta potência em grandes áreas de superfície por tempo prolongado representa risco de absorção sistêmica e supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.

O tacrolimo tópico tem sido utilizado com eficácia no tratamento da pitiríase liquenoide.[29] Essa pomada tem várias propriedades anti-inflamatórias que diminuem a expressão de citocinas na pele.[29]

Os efeitos colaterais mais comuns decorrentes do uso de tacrolimo são eritema, queimação e reações cutâneas alérgicas.[29] Raros efeitos colaterais graves incluem eczema herpético e sintomas tipo gripe.

Emolientes cutâneos gerais podem ser úteis para xerose ocasional.

Opções primárias

hidrocortisona tópica: (2.5%) crianças e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a quatro vezes ao dia

ou

triancinolona tópica: (0.1%) crianças e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a quatro vezes ao dia

ou

clobetasol tópico: (0.05%) crianças ≥12 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia por até 2 semanas, máximo de 50 g/semana

ou

tacrolimo tópico: (0.03%) crianças ≥2 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia; (0.1%) crianças ≥16 anos de idade e adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia

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Considerar – 

fototerapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A fototerapia é eficaz e segura para populações de todas as faixas etárias no tratamento da pitiríase liquenoide.[4][25][26]​​​ Pode ser usada se não houver resposta ao tratamento de primeira linha. A terapia de escolha é a UVB de banda estreita sem psoralenos tópicos ou sistêmicos.[25][27]​​

A fototerapia pode ser administrada como UVB banda larga ou estreita, UVA1, ou psoraleno e UVA (PUVA; tópica ou oral).[1] O mecanismo de ação da fototerapia baseia-se no estabelecimento de ligações cruzadas no ácido desoxirribonucleico (DNA) prevenindo a síntese de DNA e inibindo a atividade e ação das células inflamatórias na pele. Os efeitos colaterais mais comuns da fototerapia são fototoxicidade e espessamento da pele. A PUVA oral também pode causar náuseas, cefaleia e hipotensão.

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Considerar – 

anti-histamínico oral

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Anti-histamínicos orais podem ser tentados para reduzir os sintomas de prurido e queimação.[1]​ No entanto, alguns especialistas acreditam que não são eficazes.

A cetirizina é um antagonista H1 minimamente sedativo de segunda geração que pode ser administrado a adultos e crianças.

Os efeitos colaterais mais comuns dos anti-histamínicos são sonolência, boca seca, desconforto abdominal, tontura e cefaleia. Efeitos colaterais significativos e muito raros incluem reação de hipersensibilidade, hepatite, arritmia e insuficiência cardíaca.

Opções primárias

cetirizina: crianças de 6-11 meses de idade: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário; crianças de 12-23 meses de idade: 2.5 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia, quando necessário; crianças de 2-5 anos de idade: 2.5 a 5 mg por via oral uma vez ao dia (ou 2.5 mg por via oral duas vezes ao dia) quando necessário; crianças ≥6 anos de idade e adultos: 5-10 mg por via oral uma vez ao dia quando necessário

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Considerar – 

descontinuação do agente desencadeante

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o médico suspeitar que o medicamento é um potencial causador de pitiríase liquenoide, a descontinuação desse medicamento é uma solução lógica.

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Considerar – 

terapêutica antimicrobiana

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o fator desencadeante suspeito for um patógeno infeccioso conhecido, a terapêutica antimicrobiana direcionada a esse patógeno é o tratamento de primeira escolha ideal. Alguns estudos dão suporte ao uso de antimicrobianos independentemente do fator desencadeante.[25]

Tetraciclina, doxiciclina e eritromicina demonstraram utilidade na pitiríase liquenoide.[1][4]​ Estes agentes podem ser especialmente vantajosos na pitiríase liquenoide devido às suas propriedades anti-inflamatórias.[4]​ A azitromicina é outra opção antimicrobiana; um estudo revelou que a azitromicina era comparável à UVB de banda estreita em termos de eficácia do tratamento entre pacientes com pitiríase liquenoide crônica.[6]​ A eritromicina é uma escolha melhor no caso da população pediátrica, em virtude dos possíveis efeitos colaterais dentários associados à tetraciclina.

Para evitar recorrências da doença, aconselha-se a redução gradual desses antibióticos.

Opções primárias

tetraciclina: adultos: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia por 2-3 meses, seguidos por 250-500 mg uma vez ao dia

ou

doxiciclina: adultos: 50-100 mg por via oral duas vezes ao dia por 2-3 meses, seguidos por 50-100 mg uma vez ao dia

ou

eritromicina base: crianças: 30-50 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas; adultos: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia durante 2-3 meses, seguido por 250-500 mg uma vez ao dia

Opções secundárias

azitromicina: adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Mais

doença grave ou resistência ao tratamento

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corticosteroide sistêmico ou imunomodulador ± cuidados de suporte

A doença grave inclui pacientes com lesões que variam de médias a grandes, lesões pruriginosas e dolorosas e aquelas associadas a sintomas constitucionais.

Pacientes com doenças graves devem ser examinados por um dermatologista e tratados com medicamentos sistêmicos como corticosteroides, metotrexato, ergocalciferol, pentoxifilina, tiabendazol, dapsona, imunoglobulina e retinoides.[1][4][25]​​[28]​ Esses medicamentos provocam efeitos colaterais significativos e devem ser usados como última linha de tratamento e monitorados rigorosamente com exames laboratoriais adequados. Eles desempenham um papel de suma relevância em imunossupressão e antiproliferação, as quais, por sua vez, são importantes para melhora da pitiríase liquenoide.

A terapia imunossupressora em altas doses com cuidados intensivos e de suporte é necessária para controlar a variante doença ulceronecrótica febril de Mucha-Habermann. A pitiríase liquenoide tipo doença ulceronecrótica febril de Mucha-Habermann fulminante deve ser tratada como emergência dermatológica porque geralmente requer cuidados hospitalares agudos e monitoramento em uma unidade de terapia intensiva ou de queimaduras, com tratamento de feridas adequado para lesões necróticas da pele. Consulte um especialista para orientação sobre os esquemas imunossupressores mais adequados para esses pacientes (pode ser necessária terapia combinada).

Opções primárias

prednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Opções secundárias

metotrexato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

ergocalciferol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

pentoxifilina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

tiabendazol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

dapsona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

imunoglobulina humana normal: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

acitretina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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1ª linha – 

corticosteroide sistêmico ou metotrexato ± cuidados de suporte

A doença grave inclui pacientes com lesões que variam de médias a grandes, lesões pruriginosas e dolorosas e aquelas associadas a sintomas constitucionais.

Corticosteroides sistêmicos ou metotrexato podem ser usados em casos raros, refratários ou graves de pitiríase liquenoide em crianças.[1][4]​ Entretanto, eles acarretam efeitos colaterais significativos e devem ser usados como última linha de tratamento, sobretudo em crianças, e monitorados rigorosamente com exames laboratoriais adequados. Eles desempenham um papel de suma relevância em imunossupressão e antiproliferação, as quais, por sua vez, são importantes para melhora da pitiríase liquenoide.

A terapia imunossupressora em altas doses com cuidados intensivos e de suporte é necessária para controlar a variante doença ulceronecrótica febril de Mucha-Habermann. A pitiríase liquenoide tipo doença ulceronecrótica febril de Mucha-Habermann fulminante deve ser tratada como emergência dermatológica porque geralmente requer cuidados hospitalares agudos e monitoramento em uma unidade de terapia intensiva ou de queimaduras, com tratamento de feridas adequado para lesões necróticas da pele. Consulte um especialista para orientação sobre os esquemas imunossupressores mais adequados para esses pacientes.

Opções primárias

prednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Opções secundárias

metotrexato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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