Dada a expressão variável da síndrome de DiGeorge (síndrome de deleção 22q11.2 ou 22q11.2DS) e ao fato que complicações podem ocorrer em diferentes estágios da vida de um paciente, as principais características do manejo incluem o tratamento de complicações manifestas e a realização de avaliações periódicas multissistêmicas para características previstas.[16]Boot E, Óskarsdóttir S, Loo JCY, et al. Updated clinical practice recommendations for managing adults with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100344.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01028-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729052?tool=bestpractice.com
[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
[54]Mustillo PJ, Sullivan KE, Chinn IK, et al. Clinical practice guidelines for the immunological management of chromosome 22q11.2 deletion syndrome and other defects in thymic development. J Clin Immunol. 2023 Feb;43(2):247-70.
https://www.doi.org/10.1007/s10875-022-01418-y
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36648576?tool=bestpractice.com
O cuidado multidisciplinar envolvendo especialistas e generalistas é essencial para o manejo, assim como o envolvimento da família.
Nascimento até 4 meses
Cuidados gerais e estabilização
O tratamento de lactentes é caracterizado pela estabilização das anormalidades com risco de vida e pela determinação da extensão da doença.[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
com cardiopatia congênita
Cerca de 80% dos pacientes com síndrome de DiGeorge têm cardiopatia congênita.[48]Marino B, Digilio MC, Toscano A, et al. Anatomic patterns of conotruncal defects associated with deletion 22q11. Genet Med. 2001;3:45-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11339377?tool=bestpractice.com
[90]Goldmuntz E. 22q11.2 deletion syndrome and congenital heart disease. Am J Med Genet C Semin Med Genet. 2020 Mar;184(1):64-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32049433?tool=bestpractice.com
As anomalias conotronculares como arco aórtico interrompido do tipo B e tronco arterioso são as mais características, mas tetralogia de Fallot, defeito do septo ventricular e outras também são comuns.[91]Goldmuntz E, Clark BJ, Mitchell LE, et al. Frequency of 22q11 deletions in patients with conotruncal defects. J Am Coll Cardiol. 1998:32;492-98.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109798002599?via%3Dihub
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9708481?tool=bestpractice.com
[92]Van Mierop LH, Kutsche LM. Cardiovascular anomalies in DiGeorge syndrome and importance of neural crest as a possible pathogenetic factor. Am J Cardiol. 1986;58:133-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3728313?tool=bestpractice.com
Anomalias cardíacas devem ser tratadas conforme apropriado, e uma ecocardiografia deve ser realizada para definir a anatomia cardíaca e planejar o reparo cirúrgico.[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
Bebês com cardiopatia secundária à síndrome de DiGeorge são tratados como outros bebês com a mesma anatomia cardíaca.
Para crianças com cardiopatia congênita, aquelas com deleção 22q11.2 podem ter maior probabilidade de necessitar de diálise após cirurgia cardíaca e apresentar maior risco de infecção pós-operatória; mas isso não parece aumentar a mortalidade ou o tempo de internação em terapia intensiva ou hospitalar.[93]McDonald R, Dodgen A, Goyal S, et al. Impact of 22q11.2 deletion on the postoperative course of children after cardiac surgery. Pediatr Cardiol. 2013;34:341-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22864648?tool=bestpractice.com
Com hipocalcemia
Hipocalcemia (secundária ao hipoparatireoidismo) está presente em até 60% dos pacientes pediátricos e convulsões hipocalcêmicas são comuns em neonatos.[59]Ryan AK, Goodship JA, Wilson DI, et al. Spectrum of clinical features associated with interstitial chromosome 22q11 deletions: a European collaborative study. J Med Genet. 1997;34:798-804.
http://www.pubmedcentral.nih.gov/picrender.fcgi?artid=1051084&blobtype=pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9350810?tool=bestpractice.com
[94]Rayannavar A, Levitt Katz LE, Crowley TB, et al. Association of hypocalcemia with congenital heart disease in 22q11.2 deletion syndrome. Am J Med Genet A. 2018 Oct;176(10):2099-103.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6467273
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30277015?tool=bestpractice.com
Geralmente torna-se menos problemática conforme a criança cresce.[59]Ryan AK, Goodship JA, Wilson DI, et al. Spectrum of clinical features associated with interstitial chromosome 22q11 deletions: a European collaborative study. J Med Genet. 1997;34:798-804.
http://www.pubmedcentral.nih.gov/picrender.fcgi?artid=1051084&blobtype=pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9350810?tool=bestpractice.com
A hipocalcemia é controlada pela suplementação de cálcio e vitamina D (calcitriol), conforme necessário.[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
Os níveis de cálcio podem ser corrigidos oralmente na maioria dos casos, mas se houver sintomas significativos, como tetania, convulsão ou intervalo QT prolongado, a correção intravenosa juntamente com o monitoramento cardíaco é indicada.
A hipercalciúria é uma complicação importante no tratamento da hipocalcemia. O cálcio e o calcitriol devem ser reduzidos se for observada hipercalciúria. A hidroclorotiazida pode ser adicionada para reduzir a excreção de cálcio urinário, se necessário.
Com anormalidades palatinas
Nessa idade, as anormalidades palatinas devem ser tratadas por meio de abordagens alimentares adaptativas, em consulta com nutricionistas, terapeutas ocupacionais, especialistas em alimentação e ortodontistas. As opções incluem bicos especiais, próteses e eructação frequente. Otite média e obstrução das vias aéreas costumam ocorrer com fendas e devem ser avaliadas. A cirurgia é uma opção se outras medidas não forem bem-sucedidas ou no caso de fendas palatinas evidentes.[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
Os parâmetros de crescimento devem ser monitorados cautelosamente, principalmente para permitir a detecção precoce de dificuldades de alimentação.
Com dificuldade para se alimentar
Algumas crianças podem ter dificuldade para se alimentar, não necessariamente por causa da fenda palatina. Abordagens de alimentação modificadas podem ser implementadas para elas, e algumas podem necessitar de um tubo de gastrostomia percutâneo.
Com disfunção tireoidiana
com hipoplasia ou obstrução renal
Lactentes e crianças pequenas (4 meses a 5 anos)
Muitas crianças nessa faixa etária ainda precisam de reparos adicionais de seus defeitos cardíacos. Lactentes com hipocalcemia devem continuar recebendo suplementação de calcitriol e cálcio. A terapia é mantida conforme necessário para o hipotireoidismo.
Com anormalidades palatinas
Reparo cirúrgico é necessário para fendas evidentes e fendas submucosas.[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
Os pacientes que têm somente insuficiência palatal podem não precisar de correção cirúrgica, mas, se a fonoterapia não melhorar adequadamente a dicção e a inteligibilidade, existem opções cirúrgicas para que haja melhora.
Com dificuldade para se alimentar
Crianças nessa faixa etária costumam ter dificuldades de alimentação que podem ou não estar associadas à fenda palatina. A terapia de primeira linha é uma abordagem de alimentação modificada para facilitar a alimentação, alternância de mamilos, o uso de alimentação por mamadeira se a amamentação for inadequada, o engrossamento de alimentos ou a mudança de fórmulas.
A terapia de segunda linha pode ser necessária e geralmente envolve a colocação de um tubo de gastrostomia percutâneo. Isso deve ser considerado se a criança não ganhar peso apesar de outras intervenções alimentares. As dificuldades de alimentação podem facilmente persistir por meses a anos, mas geralmente desaparecem antes da idade escolar.
com atraso na fala
Em crianças mais velhas, o atraso na aquisição da fala é uma característica.[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
Isso não se deve somente a defeitos palatinos, mas ocorre na maioria das crianças. Isso deve ser tratado com fonoterapia precoce e uso de linguagem de sinais. Há recomendações específicas disponíveis para o manejo da fonoterapia na síndrome de DiGeorge.[44]Solot CB, Sell D, Mayne A, et al. Speech-language disorders in 22q11.2 deletion syndrome: best practices for diagnosis and management. Am J Speech Lang Pathol. 2019 Aug 9;28(3):984-99.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6802924
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31330115?tool=bestpractice.com
Para aqueles com insuficiência velofaríngea, o reparo cirúrgico pode ser indicado para melhorar os desfechos da fala.[95]Filip C, Matzen M, Aukner R, et al. Superiorly based pharyngeal flap for treatment of velopharyngeal insufficiency in patients with 22q11.2 deletion syndrome. J Craniofac Surg. 2013;24:501-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23524725?tool=bestpractice.com
Com imunodeficiência
Pacientes com disfunção imunológica comprovada devem ser encaminhados a um imunologista. Aqueles com imunodeficiência leve a moderada devem ser monitorados quanto à presença de infecção. Aqueles com deficiência de células T significativa (linfopenia de células T acentuada e ausência de respostas proliferativas) devem receber profilaxia com sulfametoxazol/trimetoprima e imunoglobulina intravenosa, ser preparados para transplante tímico ou submetidos a transferência adotiva de células T maduras.[17]Land MH, Garcia-Lloret MI, Borzy MS, et al. Long-term results of bone marrow transplantation in complete DiGeorge syndrome. J Allergy Clin Immunol. 2007;120:908-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17931564?tool=bestpractice.com
[96]Markert ML, Boeck A, Hale LP, et al. Transplantation of thymus tissue in complete DiGeorge syndrome. N Engl J Med. 1999;341:1180-9.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJM199910143411603
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10523153?tool=bestpractice.com
Lactentes devem ser monitorados quanto ao desenvolvimento de populações de células T oligoclonais com contagens frequentes de células T por citometria de fluxo. Lactentes com imunodeficiência de células T significativa (<600 células T/mm^3) não devem tomar nenhuma vacina de vírus vivo e devem receber somente hemoderivados irradiados e filtrados (desleucocitados).[97]Moylett EH, Wasan AN, Noroski LM, et al. Live viral vaccines in patients with partial DiGeorge syndrome: clinical experience and cellular immunity. Clin Immunol. 2004;112:106-112.
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[98]Perez EE, Bokszczanin A, McDonald-McGinn D, et al. Safety of live viral vaccines in patients with chromosome 22q11.2 deletion syndrome (DiGeorge syndrome/velocardiofacial syndrome). Pediatrics. 2003;112:e325.
http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/full/112/4/e325
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14523220?tool=bestpractice.com
[99]Chinen J, Rosenblatt HM, Smith EO, et al. Long-term assessment of T-cell populations in DiGeorge syndrome. J Allergy Clin Immunol. 2003;111:573-579.
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[100]Davis CM, Kancherla VS, Reddy A, et al. Development of specific T-cell responses to Candida and tetanus antigens in partial DiGeorge syndrome. J Allergy Clin Immunol. 2008;122:1194-1199.
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[101]Azzari C, Gamineri E, Resti M, et al. Safety and immunogenicity of measles-mumps-rubella vaccine in children with congenital immunodeficiency (DiGeorge syndrome). Vaccine. 2005;23:1668-1671.
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[102]Sullivan KE. Live viral vaccines in patients with DiGeorge syndrome. Clin Immunol. 2004;113:3.
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[103]Waters V, Peterson KS, LaRussa P. Live viral vaccines in a DiGeorge syndrome patient. Arch Dis Child. 2007;92:519-520.
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com infecções sinopulmonares
As incidências de infecção sinopulmonar e infecção viral aumentam nessa população e ocorrem independentemente de imunodeficiência detectável.[42]Biggs SE, Gilchrist B, May KR. Chromosome 22q11.2 deletion (DiGeorge syndrome): immunologic features, diagnosis, and management. Curr Allergy Asthma Rep. 2023 Apr;23(4):213-22.
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[68]Kobrynski LJ, Sullivan KE. Velocardiofacial syndrome, DiGeorge syndrome: the chromosome 22q11.2 deletion syndromes. Lancet. 2007;370:1443-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17950858?tool=bestpractice.com
Infecções bacterianas devem ser tratadas com antibioticoterapia direcionada.
Idade escolar (5 anos a 18 anos)
Na idade escolar, a maioria dos problemas de alimentação desaparece. Os problemas principais nessa faixa etária são distúrbios de aprendizagem e problemas de comportamento.[52]Óskarsdóttir S, Boot E, Crowley TB, et al. Updated clinical practice recommendations for managing children with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100338.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01018-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729053?tool=bestpractice.com
O monitoramento e o tratamento de infecções sinopulmonares são importantes. A terapia é mantida conforme necessário para hipotireoidismo ou hipoparatireoidismo. Pacientes com cardiopatia congênita e anormalidades palatinas podem precisar de acompanhamento contínuo.
com dificuldades de aprendizagem e problemas comportamentais
Crianças com síndrome de DiGeorge podem ser tímidas, introvertidas ou ansiosas. As taxas de transtorno de deficit da atenção com hiperatividade, transtorno desafiador de oposição e transtornos do espectro autista são maiores que as da população geral.[104]Antshel KM, Fremont W, Roizen NJ, et al. ADHD, major depressive disorder, and simple phobias are prevalent psychiatric conditions in youth with velocardiofacial syndrome. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2006;45:596-603.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16670654?tool=bestpractice.com
A abordagem inicial deve envolver técnicas padrão de modificação comportamental. O tratamento desses sintomas pode exigir consulta com pediatras do desenvolvimento e psiquiatras.
Embora crianças tenham atraso na fala, suas habilidades de linguagem são relativamente preservadas posteriormente, quando distúrbios de aprendizagem não verbal passam a predominar. As habilidades em matemática podem ser fracas. Esses aspectos devem ser abordados com um plano de educação individualizado.
Adultos
Independentemente da idade no diagnóstico, é necessário acompanhamento em adultos com síndrome de DiGeorge. Características congênitas ou de início precoce também exigem monitoramento e manejo frequentes, conforme apropriado.[16]Boot E, Óskarsdóttir S, Loo JCY, et al. Updated clinical practice recommendations for managing adults with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100344.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01028-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729052?tool=bestpractice.com
O aumento do risco para infecções sinopulmonares persiste, e as infecções devem ser tratadas de forma agressiva com a antibioticoterapia apropriada. A terapia é mantida conforme necessário para hipotireoidismo ou hipoparatireoidismo. Pacientes com cardiopatia congênita podem continuar precisando de acompanhamento na idade adulta.
Com transtornos psiquiátricos
Os transtornos psiquiátricos compreendem a maioria das características de início tardio.[45]Biswas AB, Furniss F. Cognitive phenotype and psychiatric disorder in 22q11.2 deletion syndrome: a review. Res Dev Disabil. 2016 Jun-Jul;53-54:242-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26942704?tool=bestpractice.com
Psiquiatras devem tratar pacientes com psicose ou esquizofrenia com a terapia antipsicótica apropriada. Depressão, transtornos de ansiedade e transtorno bipolar também ocorrem e são tratados da mesma forma que em pacientes sem a síndrome de DiGeorge.[16]Boot E, Óskarsdóttir S, Loo JCY, et al. Updated clinical practice recommendations for managing adults with 22q11.2 deletion syndrome. Genet Med. 2023 Mar;25(3):100344.
https://www.gimjournal.org/article/S1098-3600(22)01028-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36729052?tool=bestpractice.com
O tratamento da esquizofrenia é geralmente típico, mas a resistência à terapia antipsicótica pode ser um problema maior. Existem poucos dados publicados sobre recomendações terapêuticas para pacientes com síndrome de DiGeorge, mas um relato de caso foi bem-sucedido no uso de aripiprazol para tratamento de psicose resistente, enquanto outro usou quetiapina com sucesso.
Se houver hipocalcemia, ela deve ser corrigida, pois a hipocalcemia por si só pode causar psicose.[105]Lin CE, Hwang KS, Hsieh PH, et al. Treatment of schizophreniform disorder by aripiprazole in a female adolescent with 22q11.2 deletion syndrome. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2010;34:1141-3.