Abordagem
A antibioticoterapia empírica é a base do tratamento. Os procedimentos padrão de controle de infecção, incluindo as precauções de transmissão de gotículas, são suficientes, pois a transmissão entre humanos é rara.
Tratamento com antibiótico em adultos
As tetraciclina são o tratamento de primeira escolha.[14] Macrolídeos (por exemplo, eritromicina, azitromicina) e fluoroquinolonas (por exemplo, moxifloxacino) são opções alternativas de segunda linha quando as tetraciclinas são contraindicadas. A eritromicina é a melhor alternativa, embora ela possa ser menos eficaz que as tetraciclinas na doença grave e pode ser necessário tratamento até 6 semanas. A azitromicina também pode ser utilizada, embora existam relatos de resistência.[29] As opções de tratamento de terceira linha incluem cloranfenicol e rifampicina, embora haja muitas interações medicamentosas que limitam o uso da rifampicina.
Os macrolídeos são a opção de escolha em gestantes, com o cloranfenicol como uma opção de segunda linha adequada. Há ausência de dados para dar suporte para a segurança do cloranfenicol em gestantes, e ele só deve ser usado se os benefícios para a mãe superarem os riscos para o feto. Não deve ser utilizado próximo ao parto ou durante o parto devido ao risco de síndrome do bebê cinzento e supressão da medula óssea no neonato. Também é recomendada extrema cautela em gestantes e lactantes. A tetraciclina não é recomendada devido aos efeitos prejudiciais ao desenvolvimento esquelético do feto, mas pode ser administrada em casos extremos, como medida para salvar vidas, se a eritromicina for ineficaz.[35][36] O uso de doxiciclina foi descrito em um relato de caso.[37]
A terapia oral é indicada na doença leve e moderada. A terapia intravenosa é necessária para os pacientes gravemente doentes (ou seja, com sinais de doença pulmonar com comprometimento difuso e febre, sepse, coagulação intravascular disseminada ou achados consistentes com comprometimento de outros órgãos, como o baço ou o fígado). Uma resposta é geralmente observada dentro de 24 a 48 horas. O ciclo de tratamento é variável; no entanto, 2 a 3 semanas geralmente são suficientes para se evitar a recidiva. Ciclos mais longos de até 6 semanas podem ser necessários em alguns pacientes, particularmente naqueles com doença grave.
A Chlamydia psittaciis é suscetível a tetraciclinas, macrolídeos, cloranfenicol, fluoroquinolonas e rifampicina. No entanto, em um estudo, a concentração inibitória mínima para fluoroquinolonas foi de 0.25 micrograma/L em comparação com 0.05 a 0.20 micrograma/L para a doxiciclina, sugerindo que há a possibilidade de fracasso no tratamento com as fluoroquinolonas.[38]
A eritromicina tópica é recomendada para conjuntivite por C psittaci.[4]
Tratamento antibiótico em crianças
Eritromicina é o tratamento de primeira escolha em crianças. A azitromicina pode ser usada como alternativa. O cloranfenicol é uma opção de segunda linha adequada; no entanto, deve ser usado com extrema cautela em crianças. A síndrome do bebê cinzento, um tipo de colapso circulatório potencialmente de risco de vida, tem sido relatada em bebês prematuros e neonatos que receberam cloranfenicol e, mais raramente, em crianças até 2 anos de idade. Tal como nos adultos, a antibioticoterapia intravenosa é indicada em pacientes gravemente doentes.
É geralmente recomendado que as tetraciclinas não sejam usadas em crianças com <8 anos de idade (<12 anos de idade em alguns países como o Reino Unido) devido ao risco de descoloração dos dentes; no entanto, podem ser usadas em crianças menores, se os benefícios superarem os riscos, especialmente em situações de risco de vida em que outras terapias não são eficazes.[14]
A eritromicina tópica é recomendada para conjuntivite por C psittaci.[4]
Terapia de suporte
Os pacientes com pneumonite grave precisam de oxigenoterapia. Ocasionalmente, podem ocorrer complicações como endocardite, hepatite, miocardite, artrite e encefalite e necessitam de tratamento adequado.
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