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ebpracticenet recomenda que você priorize as seguintes diretrizes locais:
La prévention des chutes chez les personnes âgées résidant à domicilePublicada por: Expertisecentrum Val- en fractuurpreventie VlaanderenÚltima publicação: 2017Valpreventie bij thuiswonende ouderenPublicada por: Expertisecentrum Val- en fractuurpreventie VlaanderenÚltima publicação: 2017As causas das quedas podem ser inter-relacionadas e multifatoriais. A saúde geral pode ser mais importante do que a idade na prevenção de quedas e de lesões.[7]
Neuropsiquiátrica
Comprometimento visual: manifestações como visão turva, perda de visão periférica ou diplopia.
Neuropatia periférica: pode ser acompanhada por uma história de diabetes, doença neurodegenerativa ou estenose da coluna vertebral.
Disfunção vestibular, particularmente vertigem posicional paroxística benigna: pode se manifestar como tontura, vertigem ou desequilíbrio.[11][12]
Deficiência auditiva.[13]
Anormalidade da marcha e do equilíbrio: possível história de doença discal, neuropatia periférica, artrite ou lesão/fratura prévia; anormalidades específicas na marcha ou no movimento (marcha arrastada, tremores, bradicinesia) podem sugerir doença subjacente, como doença de Parkinson.[14][15]
O próprio medo das quedas pode aumentar o risco de quedas.[16][17][18]
Comprometimento cognitivo ou do humor: inclui demência, depressão ou delirium; perturbações do comportamento, comprometimentos funcionais e uso de neurolépticos.[19][20][21][22] O comprometimento cognitivo também pode contribuir para a disfunção motora e do equilíbrio, principalmente quando associado a fragilidade física.[23][24]
Transtorno convulsivo: pode ser uma consequência de doença vascular, infecção, distúrbio neurodegenerativo ou neoplasia.
Hematoma subdural: sugerido pelo trauma cranioencefálico (risco mais alto quando na presença de anticoagulação).
AVC ou ataque isquêmico transitório: sintomas neurológicos focais de duração não transitória ou transitória, respectivamente.
Cardiovascular
Síncope: perda da consciência transitória resultante de hipoperfusão cerebral global; por exemplo, síncope cardíaca causada por taquiarritmias ou bradicardia, ou síncope vasovagal causada por resposta autonômica anormal ou exagerada a estímulos (por exemplo, manter-se na postura ortostática, emoção, micção [raramente]).[25][26]
Hipotensão ortostática: sugerida pelo início dos sintomas com a mudança da posição supina ou sentada para ortostática.
Síndrome do seio carotídeo: pode ser provocada por atividades como o barbear facial (com pressão coincidente sobre o seio carotídeo).[27]
Hipotensão pós-prandial: evento baseado em história de quedas observadas que coincidem com os horários de refeição.[28]
Musculoesquelético
Torção/instabilidade/anormalidade mecânica de mobilidade da articulação: pode ser uma consequência de lesão prévia ou de artrite.
Problemas nos pés: particularmente dor nos pés, hálux valgo e deformidade dos pododáctilos menores.[29]
Falta de condicionamento físico: exercício insuficiente e períodos prolongados de imobilidade levando à redução do tônus e da função muscular.
Sarcopenia/osteossarcopenia/fragilidade: fraqueza muscular, perda de massa muscular e/ou óssea e condições artríticas associadas.[30][31][32][33][34][35]
Tóxica/ambiental
Medicamentos:[38][39][40][41][42][43][44][45][46][47][48][49][50][51][52][53][54][55][56][57][58][59][60][61]
Especialmente benzodiazepínicos, antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, opioides, sedativos e hipnóticos (por exemplo, zolpidem), sildenafila
Outros associados a um aumento do risco de hipotensão ortostática, incluindo alfabloqueadores, anti-hipertensivos, diuréticos, betabloqueadores, bromocriptina, levodopa
Anti-inflamatórios não esteroidais
Medicamentos para diabetes (por exemplo, insulina, tiazolidinedionas), e a hipoglicemia associada
Medicamentos altamente anticolinérgicos, como anti-histamínicos de primeira geração (por exemplo, difenidramina), relaxantes musculares, medicamentos antimuscarínicos usados no tratamento da incontinência urinária, e vasodilatadores
Colecalciferol (em altas doses)
Polimedicação: o uso de cinco ou mais medicamentos aumenta o risco de quedas em aproximadamente 30% em indivíduos residentes na comunidade, e em pelos menos 4 vezes em pacientes de instituições asilares.[62][63]
Uso indevido de substâncias: incluindo bebidas alcoólicas (uso indevido crônico ou intoxicação aguda), maconha ou outras substâncias psicoativas recreativas.
Riscos ambientais, como tapetes ou azulejos soltos, pouca iluminação, pisos irregulares, presença de bagunça; uso recente de muleta ou andador ou morar sozinho: esses fatores são cada vez mais importantes com o avanço da idade.[64]
Avaliação do risco de queda
A presença de certos fatores está associada com uma maior probabilidade de quedas futuras.[65][66][67][68] Evidências sugerem que a identificação das seguintes características nos indivíduos sob risco pode ser útil na implementação de estratégias para a prevenção das quedas:[13][18][32][38][39][62][65][69][70][71][72][73][74][75][76][77][78][79][80][81][82]
Problemas motores: comprometimento da marcha ou do equilíbrio, fraqueza muscular e condições artríticas associadas
Comprometimento sensorial: neuropatia periférica, disfunção vestibular, comprometimento da visão, perda auditiva
Comprometimento cognitivo ou de humor: demência, depressão, delirium
Hipotensão ortostática
Polimedicação ou certos medicamentos (particularmente psicotrópicos e opioides)
Comprometimento das atividades da vida diária
Riscos ambientais (por exemplo, tapetes soltos, má iluminação, bagunça)
Sintomas urinários atribuíveis a doenças, problemas de bexiga ou de próstata ou medicamentos
Medo de cair
Fatores adicionais, como idade ou doenças comórbidas e fragilidade.
Devido à associação significativa entre medicamentos e o risco de quedas, a revisão dos medicamentos e a suspensão da prescrição em circunstâncias adequadas podem reduzir esse risco.[83][84]
Estratégias de prevenção de quedas
Muitos programas de prevenção de quedas incluem como componentes a abordagem dos fatores de risco (inclusive doenças crônicas, comportamentos do paciente, medicamentos, comprometimento sensorial [equilíbrio, audição e visão] e riscos ambientais domésticos e exercícios preventivos [inclusive treinamento de força e equilíbrio]), com intervenções conforme a necessidade.[85][86]
A Força-Tarefa sobre diretrizes globais para quedas em idosos tem procurado estratificar o risco de quedas em idosos residentes na comunidade para ajudar a determinar as intervenções e tratamentos preventivos adequados.[87][88] As principais recomendações incluem:[87][88]
Aconselhamento dos idosos sobre prevenção de quedas e atividade física.
Identificação oportunística dos casos de risco de quedas em idosos residentes na comunidade.
Oferta de uma avaliação multifatorial abrangente do risco de quedas com o objetivo de elaborar conjuntamente e implementar intervenções personalizadas em vários domínios.
Intervenções de exercícios para prevenir quedas
A US Preventive Services Task Force (USPSTF) recomenda intervenções de exercícios para a prevenção de quedas em adultos residentes na comunidade ≥65 anos de idade que tiverem risco aumentado para quedas.[89][90]
Uma revisão Cochrane de 2019 concluiu com alto grau de certeza que o exercício (principalmente os que envolvem exercícios funcionais e de equilíbrio) reduz a taxa de quedas e o número de idosos residentes na comunidade que sofrem quedas.[91] Os programas de exercícios que reduzem quedas incluem várias categorias de exercícios (normalmente exercícios funcionais e de equilíbrio, associados a exercícios de resistência) e Tai Chi.[91][92] A efetividade dos exercícios de resistência isolados, da dança e da caminhada continuam incertas.[91]
Cálcio e vitamina D para a prevenção de quedas e prevenção primária de fraturas em adultos residentes na comunidade e institucionalizados
A USPSTF concluiu que não há evidências suficientes para avaliar a ponderação entre riscos e benefícios da vitamina D >400 IU e do cálcio >1g diariamente para a prevenção primária de fraturas em mulheres menopausadas.[89] Além disso, a USPSTF concluiu que não há evidências suficientes para avaliar a ponderação entre riscos e benefícios da suplementação da vitamina D e do cálcio, isoladamente ou em combinação, para a prevenção primária de fraturas em homens assintomáticos residentes na comunidade e mulheres em idade reprodutiva.[89][93]
Metanálises da suplementação de vitamina D (isoladamente ou com cálcio) em populações mistas de indivíduos residentes na comunidade e pacientes institucionalizados não demonstraram benefício em termos de redução das quedas.[94][95] No entanto, em uma revisão Cochrane de estudos realizados em instituições de saúde e hospitais, constatou-se que a suplementação de vitamina D provavelmente reduz o número, mas não o risco, de quedas em instituições de longa permanência (evidência de qualidade moderada).[96] Em uma metanálise subsequente, a suplementação com baixa dose de vitamina D (800-1000 IU por dia) em idosos foi associada a um risco mais baixo de quedas; a suplementação em idosos com deficiência de vitamina D conferiu algum benefício na prevenção de quedas.[97]
O papel da suplementação de vitamina D no risco de quedas e na prevenção de quedas continua evoluindo. Devem-se tomar decisões compartilhadas com os pacientes em relação aos riscos e benefícios da vitamina D ao se considerar essa intervenção específica.
Intervenções com vários componentes
A USPSTF recomenda que os médicos individualizem a decisão de oferecer intervenções multifatoriais (que incluam uma avaliação inicial dos fatores de risco modificáveis para quedas e intervenções personalizadas subsequentes) para evitar quedas em adultos residentes na comunidade com 65 anos de idade ou mais que têm risco aumentado de quedas.[89][90]
Uma revisão sistemática Cochrane constatou que intervenções multifatoriais podem reduzir as quedas em idosos na comunidade, em comparação com a assistência habitual ou o controle da atenção.[98]
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[Evidência C] A revisão constatou também que as intervenções com múltiplos componentes (que oferecem os mesmos componentes de intervenção para todas as pessoas sem levar em conta nenhuma avaliação do risco de quedas; a maioria das quais inclui exercícios) podem reduzir o número de quedas e o risco de queda em comparação com a assistência habitual ou o controle da atenção em idosos que residem na comunidade.[98] Análises subsequentes também apoiam haver valor em intervenções com múltiplos componentes na redução do risco de quedas.[99][100]
Várias diretrizes têm examinado a implementação de intervenções para prevenir quedas:
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