História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem malformação cerebral, esclerose tuberosa, evento vascular pré-natal ou perinatal (acidente vascular cerebral [AVC], hemorragia intraventricular prematura, encefalopatia hipóxico-isquêmica, lesão traumática no parto) infecções intrauterinas ou perinatais, distúrbios metabólicos hereditários e distúrbios genéticos.

espasmos

São geralmente simétricos, bilaterais, com contrações breves dos grupos musculares axiais e podem afetar os flexores, extensores ou ambos. Geralmente ocorrem em salvas e são observados frequentemente ao despertar ou adormecer. Podem ocorrer espasmos isolados.

Os espasmos podem ser assimétricos e podem se manifestar apenas como movimentos verticais breves da cabeça ou movimentos oculares anormais. Ocasionalmente, os espasmos estão associados à alimentação.

movimentos verticais breves da cabeça

Os lactentes podem se apresentar espasmos característicos ou somente movimentos verticais breves da cabeça.

atraso ou regressão de neurodesenvolvimento

Os espasmos podem ocorrer em associação ao retardo do desenvolvimento. Uma característica importante do diagnóstico é a perda de capacidades adquiridas previamente, principalmente capacidades visuais. Ocasionalmente, o desenvolvimento pode não estar afetado na apresentação.

Outros fatores diagnósticos

comuns

idade de início de 3-12 meses

O início é mais comum entre as idades de 3 e 12 meses, mas pode ocorrer tardiamente até 3 anos ou precocemente, com 1 mês.

complicação perinatal

Incluem hipóxia no parto, lesão traumática no parto ou infecções intrauterinas/perinatais.

movimentos oculares anormais

Pode ser o único sintoma manifesto.

microcefalia

Pode indicar uma causa subjacente, como malformações cerebrais estruturais, lesões perinatais, distúrbios neurometabólicos ou infecções intrauterinas.

máculas hipomelanóticas (em formato de folha)

Lesões hipopigmentadas da pele estão associadas à esclerose tuberosa. Pode ser difícil observá-las a olho nu, mas são facilmente observadas com o exame da lâmpada de Wood, em que as lesões ficam fluorescentes sob a luz ultravioleta.[13][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Máculas hipomelanóticas (em formato de folha) em uma criança com esclerose tuberosaDo acervo da Dra. Teesta Soman e do Dr. Shelly Weiss [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@16e58dfa

anormalidades do sistema motor

O exame neurológico pode revelar um tônus motor anormal. A criança pode aparentar flacidez se o tônus troncular estiver baixo, ou pode haver hipertonia com espasticidade.

Sinais neurológicos focais são raros, mas podem indicar uma anormalidade cerebral focal subjacente.[4]

Fatores de risco

Fortes

malformação cerebral

Qualquer malformação cerebral é um fator de risco, especialmente um distúrbio de migração neuronal como a lisencefalia. A síndrome de Aicardi ligada ao cromossomo X é uma condição rara, mas que se manifesta frequentemente com espasmos infantis.[16][17][18]

anormalidades neurocutâneas

Associadas a espasmos infantis: lesões hipopigmentadas/em formato de folha em particular, que podem se apresentar em pacientes com esclerose tuberosa. A esclerose tuberosa causada por mutações no TSC2 é um fator de risco particularmente forte. Até um terço das crianças com esclerose tuberosa podem desenvolver espasmos infantis. A realização de um exame da pele com lâmpada de Wood para auxiliar na detecção de máculas hipomelanóticas (em formato de folha) é, portanto, parte do exame clínico em uma criança que apresenta espasmos infantis. As lesões ficam fluorescentes sob a luz ultravioleta.[13]

evento vascular pré-natal ou perinatal

A encefalomalácia pode resultar de lesão vascular pré-natal ou perinatal. Outros fatores de risco são hemorragia intraventricular pós-parto observada em lactentes prematuros, encefalopatia hipóxico-isquêmica neonatal e lesão traumática no parto.[19][20]

infecções intrauterinas ou perinatais

Elas incluem herpes simples, citomegalovírus, toxoplasmose e vírus da imunodeficiência humana (HIV).[20]

distúrbio metabólico hereditário

Uma ampla gama de distúrbios metabólicos, incluindo distúrbios mitocondriais, como a síndrome de Leigh, e aminoacidopatias, como a hiperglicinemia não cetótica, pode se manifestar nos espasmos infantis.[21][22][23]

Outras doenças metabólicas incluem anomalias no transportador de glicose, homocitrulinemia, fenilcetonúria, doença de Krabbe, adrenoleucodistrofia neonatal, deficiência de piridoxina, deficiência de piridoxal 5-fosfato, distúrbios do metabolismo de folato cerebral, doença de Menkes e deficiência de biotinidase.

distúrbios genéticos

Defeitos de deleção ou duplicação, como trissomia do cromossomo 21, e mutações nos genes ARX e CDKL5 são causas genéticas bem estabelecidas de espasmos infantis. Atualmente, existem mais de 100 encefalopatias epilépticas e do desenvolvimento (EED) caracterizadas geneticamente.[12]

Fracos

história familiar

Ter um irmão ou outro membro da família com doença genética ou metabólica diagnosticada aumenta o risco de espasmos infantis.

trombose sinovenosa neonatal

Lactentes com trombose do sistema venoso profundo apresentam risco.[24]

lesão cerebral pós-parto

Qualquer lesão cerebral traumática pós-parto pode causar espasmos infantis.

tumores cerebrais

Os espasmos infantis podem estar associados com tumores cerebrais, como astrocitoma e ganglioglioma.[4][25]

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