Rastreamento

Embora não haja rastreamento específico para aborto espontâneo em mulheres em idade reprodutiva, mulheres que sofreram abortamento habitual são investigadas para identificar possíveis fatores que contribuíram. Apesar da frequência epidemiologicamente elevada de aneuploidia fetal e de perda gestacional precoce em mulheres em idade materna avançada, o rastreamento genético pré-implantação não é rotineiramente recomendado.[81]

Um estudo relatou um modelo multivariado de prognóstico para ameaça de aborto espontâneo, que sugere que uma combinação de características maternas e achados na ultrassonografia pode ser usada para prever o aborto espontâneo no início da gestação. Constatou-se que o risco de aborto espontâneo é maior em mulheres de etnia africana, fumantes e que apresentam sangramento vaginal. Esse risco foi mais elevado com o aumento da idade materna e do diâmetro do saco vitelino. Constatou-se que o risco estava inversamente relacionado ao comprimento craniocaudal do embrião, à frequência cardíaca fetal e ao diâmetro do saco gestacional. Foi mostrado uma taxa de 45% de detecção de aborto espontâneo no rastreamento por sangramento vaginal. Essa taxa aumentou para 53% com a adição de fatores da história materna e para 85.7% com a adição de achados de ultrassonografia.[82]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal