Fenômeno de Raynaud
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
fenômeno de Raynaud (FR) secundário grave: isquemia crítica, com úlceras digitais ou risco de perda de dedos
prostaciclina e/ou inibidor da fosfodiesterase-5 (PDE-5)
As prostaciclinas (particularmente a iloprosta) são usadas para tratar complicações do FR secundário grave, como ameaça de perda digital devido a isquemia e úlceras digitais.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [33]Huisstede BM, Hoogvliet P, Paulis WD, et al. Effectiveness of interventions for secondary Raynaud's phenomenon: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2011 Jul;92(7):1166-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21704799?tool=bestpractice.com A eficácia desses medicamentos pode se manter por vários meses após o tratamento. Ficou demonstrado que o tratamento apenas com prostaciclinas reduz a frequência e a gravidade das crises, além de cicatrizar/evitar as úlceras digitais.[41]Kowal-Bielecka O, Fransen J, Avouac J, et al. Update of EULAR recommendations for the treatment of systemic sclerosis. Ann Rheum Dis. 2017 Aug;76(8):1327-39. https://ard.bmj.com/content/76/8/1327.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941129?tool=bestpractice.com [63]Ingegnoli F, Schioppo T, Allanore Y, et al. Practical suggestions on intravenous iloprost in Raynaud's phenomenon and digital ulcer secondary to systemic sclerosis: systematic literature review and expert consensus. Semin Arthritis Rheum. 2019 Feb;48(4):686-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29706243?tool=bestpractice.com Em geral, a iloprosta intravenosa é considerada a prostaciclina de primeira linha; entretanto, a formulação intravenosa pode não estar disponível em alguns países, e não se costuma recomendar a formulação por via inalatória para esta indicação. Portanto, o epoprostenol intravenoso pode ser usado como uma alternativa à iloprosta intravenosa.
Os inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE-5) (por exemplo, sildenafila, tadalafila, vardenafila) podem ser usados em pacientes com FR secundário moderado a grave quando os bloqueadores dos canais de cálcio falharam ou não são tolerados.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [41]Kowal-Bielecka O, Fransen J, Avouac J, et al. Update of EULAR recommendations for the treatment of systemic sclerosis. Ann Rheum Dis. 2017 Aug;76(8):1327-39. https://ard.bmj.com/content/76/8/1327.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27941129?tool=bestpractice.com [55]Roustit M, Blaise S, Allanore Y, et al. Phosphodiesterase-5 inhibitors for the treatment of secondary Raynaud's phenomenon: systematic review and meta-analysis of randomised trials. Ann Rheum Dis. 2013 Oct;72(10):1696-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23426043?tool=bestpractice.com [56]Fernández-Codina A, Walker KM, Pope JE, et al. Treatment algorithms for systemic sclerosis according to experts. Arthritis Rheumatol. 2018 Nov;70(11):1820-8. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/art.40560 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29781586?tool=bestpractice.com Estudos demonstraram resultados positivos com o uso de sildenafila no FR.[57]Herrick AL, van den Hoogen F, Gabrielli A, et al. Modified-release sildenafil reduces Raynaud's phenomenon attack frequency in limited cutaneous systemic sclerosis. Arthritis Rheum. 2011 Mar;63(3):775-82. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/art.30195 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21360507?tool=bestpractice.com [58]Fries R, Shariat K, von Wilmowsky H, et al. Sildenafil in the treatment of Raynaud's phenomenon resistant to vasodilatory therapy. Circulation. 2005 Nov 8;112(19):2980-5. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.104.523324 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16275885?tool=bestpractice.com Os inibidores da PDE-5 de ação prolongada, como a tadalafila, também são usados. Embora uma dosagem de administração de tadalafila seja mais conveniente, ela apresentou resultados positivos para o FR apenas em um pequeno estudo cruzado, mas não combinada a prostaciclinas.[59]Shenoy PD, Kumar S, Jha LK, et al. Efficacy of tadalafil in secondary Raynaud's phenomenon resistant to vasodilator therapy: a double-blind randomized cross-over trial. Rheumatology (Oxford). 2010 Dec;49(12):2420-8. https://academic.oup.com/rheumatology/article/49/12/2420/1791021?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20837499?tool=bestpractice.com Um estudo de vardenafila versus placebo para o FR mostrou que a vardenafila está associada a uma redução na frequência e na duração das crises do FR e no Índice de Condição de Raynaud (RCS).[60]Caglayan E, Axmann S, Hellmich M, et al. Vardenafil for the treatment of raynaud phenomenon: a randomized, double-blind, placebo-controlled crossover study. Arch Intern Med. 2012 Aug 13;172(15):1182-4. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/1188038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22710940?tool=bestpractice.com Uma revisão sistemática Cochrane de 2023 relatou que os inibidores da PDE-5 podem reduzir a frequência e a duração das crises do FR.[62]Maltez N, Maxwell LJ, Rirash F, et al. Phosphodiesterase 5 inhibitors (PDE5i) for the treatment of Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Nov 6;11(11):CD014089. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD014089/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37929840?tool=bestpractice.com
Uma prostaciclina normalmente não seria combinada com um inibidor de PDE-5 devido ao potencial de interações medicamentosas. Além disso, a combinação de uma prostaciclina com um inibidor da PDE-5 pode provocar hipotensão significativa. Contudo, se o FR for grave o suficiente para necessitar de tratamento com um prostanoide, ele deverá ser encaminhado a um centro especializado, onde um tratamento combinado poderá ser considerado.
Opções primárias
iloprosta: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
epoprostenol: 2 nanogramas/kg/min em infusão intravenosa inicialmente, aumentar em 2 nanogramas/kg/minuto a cada 15 minutos ou mais de acordo com a resposta
Mais epoprostenolUse um cateter central permanente. O escalonamento da dose depende da tolerabilidade.
ou
sildenafila: 12.5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 100 mg/dia (administrados em 2-3 doses fracionadas)
ou
tadalafila: 5-40 mg por via oral uma vez ao dia
ou
vardenafila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
modificação do estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento em pessoas com FR secundário que evoluíram para ulceração digital. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Os pacientes devem ser orientados a abandonar o hábito de fumar e evitar medicamentos que agravam o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com Os pacientes também devem ser orientados a hidratar a pele ao redor das úlceras, evitar o contato com produtos de limpeza, evitar a manipulação das úlceras, usar luvas de proteção e promover a circulação por meio de exercícios.[32]Stöcker JK, Schouffoer AA, Spierings J, et al. Evidence and consensus-based recommendations for non-pharmacological treatment of fatigue, hand function loss, Raynaud's phenomenon and digital ulcers in patients with systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2022 Apr 11;61(4):1476-86. https://academic.oup.com/rheumatology/article/61/4/1476/6321467?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34260723?tool=bestpractice.com Se forem relatadas limitações de destreza, os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação de terapia ocupacional para obtenção de auxílios (por exemplo, porta-chaves).
tratamento de quadro clínico subjacente
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento da doença subjacente que originou o FR secundário deve ser realizado após consulta com o especialista apropriado.
atorvastatina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A atorvastatina demonstrou diminuir a formação de novas úlceras em pacientes com FR secundário e pode ser usada em pacientes com úlceras passadas ou presentes, mas não é indicada para a prevenção de úlceras digitais.[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26116156?tool=bestpractice.com [66]Abou-Raya A, Abou-Raya S, Helmii M. Statins: potentially useful in therapy of systemic sclerosis-related Raynaud's phenomenon and digital ulcers. J Rheumatol. 2008 Sep;35(9):1801-8. https://www.jrheum.org/content/35/9/1801.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18709692?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atorvastatina: 40 mg por via oral uma vez ao dia
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos podem ser necessários para tratar a dor de isquemia grave ou prolongada ou complicações como gangrena ou úlceras digitais.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
aspirina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A aspirina pode ajudar a evitar a formação de microtrombos.
Opções primárias
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
desbridamento cirúrgico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se houver uma grande úlcera na ponta do dedo, pode ser necessário realizar o desbridamento cirúrgico a fim de remover o tecido necrosado e/ou a infecção e promover a cicatrização.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com Se, mesmo com o tratamento, ocorrer progressão para gangrena, pode ser necessário amputar o dedo.
antibióticos sistêmicos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os antibióticos devem ser administrados quando as úlceras estiverem infectadas. As infecções geralmente são causadas por Staphylococcus aureus ou Pseudomonas aeruginosa, mas também podem ser causadas por Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Streptococcus epidermidis ou Bacillus morganii.[73]Giuggioli D, Magnani L, Spinella A, et al. Infections of scleroderma digital ulcers: a single center cohort retrospective study. Dermatol Reports. 2021 Nov 17;13(3):9075. https://www.pagepress.org/journals/index.php/dr/article/view/9075 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35003566?tool=bestpractice.com Se houver purulência evidente, é aconselhável coletar um swab para cultura e teste de sensibilidade antes de iniciar o tratamento com antibióticos e personalizar o tratamento com base na sensibilidade do swab e na gravidade da infecção. Exemplos de opções de antibióticos podem incluir cloxacilina, cefalexina ou eritromicina. No entanto, você deve consultar os protocolos locais para obter orientação.
Se a infecção não remitir após 7 dias de tratamento (por exemplo, purulência contínua com descoloração), trate por mais 3 a 7 dias.
Em caso de suspeita de osteomielite, procure a orientação de um infectologista. Consulte Osteomielite.
Opções primárias
cloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
cefalexina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia
Opções secundárias
eritromicina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
pomada antibacteriana tópica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se não houver evidência de infecção grave, os antibacterianos tópicos podem ser usados, mas eles poderão atuar mais como uma barreira e um lubrificante que como antibacterianos.
Opções primárias
ácido fusídico tópico: aplicar uma camada fina de pomada na úlcera duas vezes ao dia
ou
mupirocina tópica: aplicar uma camada fina de pomada na úlcera duas vezes ao dia
ou
bacitracina/polimixina B tópica: aplicar uma camada fina de pomada na úlcera duas vezes ao dia
bosentana
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode ser usada para ajudar a prevenir a formação de úlceras digitais relacionadas à esclerose sistêmica.[67]Korn JH, Mayes M, Matucci Cerinic M, et al. Digital ulcers in systemic sclerosis: prevention by treatment with bosentan, an oral endothelin receptor antagonist. Arthritis Rheum. 2004 Dec;50(12):3985-93. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.20676/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15593188?tool=bestpractice.com [68]Matucci-Cerinic M, Denton CP, Furst DE, et al. Bosentan treatment of digital ulcers related to systemic sclerosis: results from the RAPIDS-2 randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Ann Rheum Dis. 2011 Jan;70(1):32-8. https://ard.bmj.com/content/70/1/32.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20805294?tool=bestpractice.com [69]Hosseinbalam M, Nouri R, Farajzadegan Z, et al. Effectiveness of bosentan in the treatment of systemic sclerosis-related digital ulcers: systematic review and meta-analysis. J Res Med Sci. 2023 Jan 31:28:3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10039099 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36974107?tool=bestpractice.com Observou-se que ela reduz a incidência de novas úlceras em 30% a 50%.[68]Matucci-Cerinic M, Denton CP, Furst DE, et al. Bosentan treatment of digital ulcers related to systemic sclerosis: results from the RAPIDS-2 randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Ann Rheum Dis. 2011 Jan;70(1):32-8. https://ard.bmj.com/content/70/1/32.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20805294?tool=bestpractice.com No entanto, não é superior aos cuidados habituais na cicatrização das úlceras existentes.
Testes de função hepática devem ser realizados mensalmente durante o tratamento; a duração do tratamento necessária para evitar o aparecimento de úlceras digitais é desconhecida, mas pode durar indefinidamente.[67]Korn JH, Mayes M, Matucci Cerinic M, et al. Digital ulcers in systemic sclerosis: prevention by treatment with bosentan, an oral endothelin receptor antagonist. Arthritis Rheum. 2004 Dec;50(12):3985-93. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.20676/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15593188?tool=bestpractice.com [70]Varga J. New hope for systemic sclerosis patients with digital ulcers. Curr Rheumatol Rep. 2005 Apr;7(2):127-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15760591?tool=bestpractice.com [71]Seibold JR, Matucci-Cerinic M, Denton CP, et al. Bosentan reduces the number of new digital ulcers in patients with systemic sclerosis. Ann Rheum Dis. 2006;65(suppl II):90.
Opções primárias
bosentana: 62.5 mg por via oral duas vezes ao dia por 1 mês, seguidos por 125 mg por via oral duas vezes ao dia daí em diante
simpatectomia cirúrgica
A simpatectomia cirúrgica pode ser eficaz no tratamento do FR grave que não respondeu ao tratamento farmacológico.[6]Casanegra AI, Shepherd RF. Raynaud phenomenon and other vasospastic disorders. Cardiol Clin. 2021 Nov;39(4):583-99. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34686269?tool=bestpractice.com [35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26116156?tool=bestpractice.com As técnicas disponíveis incluem bloqueio do gânglio estrelado ou do simpático lombar, simpatectomias proximais cervicais via cirurgia endoscópica, e simpatectomias palmar e/ou digital seletivas.[74]Wasserman A, Brahn E. Systemic sclerosis: bilateral improvement of Raynaud's phenomenon with unilateral digital sympathectomy. Semin Arthritis Rheum. 2010 Oct;40(2):137-46. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19878974?tool=bestpractice.com Essas técnicas podem não estar disponíveis em todos os centros. Um estudo de 2022 relatou alívio da dor com prevenção de amputação importante em 68 crianças com distúrbios reumatológicos que apresentavam FR após bloqueios simpáticos (incluindo bloqueios do gânglio estrelado).[75]Punj J, Garg H, Gomez G, et al. Sympathetic blocks for Raynaud's phenomena in pediatric rheumatological disorders. Pain Med. 2022 Jul 1;23(7):1211-6. https://academic.oup.com/painmedicine/article/23/7/1211/6522132?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35135008?tool=bestpractice.com Em um estudo retrospectivo de 17 pacientes com esclerose sistêmica, a simpatectomia palmar ou digital localizada melhorou a dor e a cicatrização de úlcera.[76]Momeni A, Sorice SC, Valenzuela A, et al. Surgical treatment of systemic sclerosis--is it justified to offer peripheral sympathectomy earlier in the disease process? Microsurgery. 2015 Sep;35(6):441-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25585522?tool=bestpractice.com
modificação do estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento em pessoas com FR secundário que evoluíram para ulceração digital. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Os pacientes devem ser orientados a abandonar o hábito de fumar e evitar medicamentos que agravam o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com Os pacientes também devem ser orientados a hidratar a pele ao redor das úlceras, evitar o contato com produtos de limpeza, evitar a manipulação das úlceras, usar luvas de proteção e promover a circulação por meio de exercícios.[32]Stöcker JK, Schouffoer AA, Spierings J, et al. Evidence and consensus-based recommendations for non-pharmacological treatment of fatigue, hand function loss, Raynaud's phenomenon and digital ulcers in patients with systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2022 Apr 11;61(4):1476-86. https://academic.oup.com/rheumatology/article/61/4/1476/6321467?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34260723?tool=bestpractice.com Se forem relatadas limitações de destreza, os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação de terapia ocupacional para obtenção de auxílios (por exemplo, porta-chaves).
tratamento de quadro clínico subjacente
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento da doença subjacente que originou o FR secundário deve ser realizado após consulta com o especialista apropriado.
atorvastatina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A atorvastatina demonstrou diminuir a formação de novas úlceras em pacientes com FR secundário e pode ser usada em pacientes com úlceras digitais passadas ou presentes, mas não é indicada para a prevenção de úlceras digitais.[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26116156?tool=bestpractice.com [66]Abou-Raya A, Abou-Raya S, Helmii M. Statins: potentially useful in therapy of systemic sclerosis-related Raynaud's phenomenon and digital ulcers. J Rheumatol. 2008 Sep;35(9):1801-8. https://www.jrheum.org/content/35/9/1801.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18709692?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atorvastatina: 40 mg por via oral uma vez ao dia
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos podem ser necessários para tratar a dor de isquemia grave ou prolongada ou complicações como gangrena ou úlceras digitais.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite. Simpatectomia local palmar e/ou digital é uma última opção.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
aspirina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A aspirina pode ajudar a evitar a formação de microtrombos.
Opções primárias
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
desbridamento cirúrgico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se houver uma grande úlcera na ponta do dedo, pode ser necessário realizar o desbridamento cirúrgico a fim de remover o tecido necrosado e/ou a infecção e promover a cicatrização.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com Se, mesmo com o tratamento, ocorrer progressão para gangrena, pode ser necessário amputar o dedo.
antibióticos sistêmicos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os antibióticos devem ser administrados quando as úlceras estiverem infectadas. As infecções geralmente são causadas por Staphylococcus aureus ou Pseudomonas aeruginosa, mas também podem ser causadas por Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Streptococcus epidermidis ou Bacillus morganii.[73]Giuggioli D, Magnani L, Spinella A, et al. Infections of scleroderma digital ulcers: a single center cohort retrospective study. Dermatol Reports. 2021 Nov 17;13(3):9075. https://www.pagepress.org/journals/index.php/dr/article/view/9075 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35003566?tool=bestpractice.com Se houver purulência evidente, é aconselhável coletar um swab para cultura e teste de sensibilidade antes de iniciar o tratamento com antibióticos e personalizar o tratamento com base na sensibilidade do swab e na gravidade da infecção. Exemplos de opções de antibióticos podem incluir cloxacilina, cefalexina ou eritromicina. No entanto, você deve consultar os protocolos locais para obter orientação.
Se a infecção não remitir após 7 dias de tratamento (por exemplo, purulência contínua com descoloração), trate por mais 3 a 7 dias.
Em caso de suspeita de osteomielite, procure a orientação de um infectologista. Consulte Osteomielite.
Opções primárias
cloxacilina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
ou
cefalexina: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia
Opções secundárias
eritromicina: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia
pomada antibacteriana tópica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se não houver evidência de infecção grave, os antibacterianos tópicos podem ser usados, mas eles poderão atuar mais como uma barreira e um lubrificante que como antibacterianos.
Opções primárias
ácido fusídico tópico: aplicar uma camada fina de pomada na úlcera duas vezes ao dia
ou
mupirocina tópica: aplicar uma camada fina de pomada na úlcera duas vezes ao dia
ou
bacitracina/polimixina B tópica: aplicar uma camada fina de pomada na úlcera duas vezes ao dia
bosentana
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode ser usada para ajudar a prevenir a formação de úlceras digitais relacionadas à esclerose sistêmica.[67]Korn JH, Mayes M, Matucci Cerinic M, et al. Digital ulcers in systemic sclerosis: prevention by treatment with bosentan, an oral endothelin receptor antagonist. Arthritis Rheum. 2004 Dec;50(12):3985-93. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.20676/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15593188?tool=bestpractice.com [68]Matucci-Cerinic M, Denton CP, Furst DE, et al. Bosentan treatment of digital ulcers related to systemic sclerosis: results from the RAPIDS-2 randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Ann Rheum Dis. 2011 Jan;70(1):32-8. https://ard.bmj.com/content/70/1/32.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20805294?tool=bestpractice.com [69]Hosseinbalam M, Nouri R, Farajzadegan Z, et al. Effectiveness of bosentan in the treatment of systemic sclerosis-related digital ulcers: systematic review and meta-analysis. J Res Med Sci. 2023 Jan 31:28:3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10039099 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36974107?tool=bestpractice.com Observou-se que ela reduz a incidência de novas úlceras em 30% a 50%.[68]Matucci-Cerinic M, Denton CP, Furst DE, et al. Bosentan treatment of digital ulcers related to systemic sclerosis: results from the RAPIDS-2 randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Ann Rheum Dis. 2011 Jan;70(1):32-8. https://ard.bmj.com/content/70/1/32.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20805294?tool=bestpractice.com No entanto, não é superior aos cuidados habituais na cicatrização das úlceras existentes.
Testes de função hepática devem ser realizados mensalmente durante o tratamento; a duração do tratamento necessária para evitar o aparecimento de úlceras digitais é desconhecida, mas pode durar indefinidamente.[67]Korn JH, Mayes M, Matucci Cerinic M, et al. Digital ulcers in systemic sclerosis: prevention by treatment with bosentan, an oral endothelin receptor antagonist. Arthritis Rheum. 2004 Dec;50(12):3985-93. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.20676/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15593188?tool=bestpractice.com [70]Varga J. New hope for systemic sclerosis patients with digital ulcers. Curr Rheumatol Rep. 2005 Apr;7(2):127-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15760591?tool=bestpractice.com [71]Seibold JR, Matucci-Cerinic M, Denton CP, et al. Bosentan reduces the number of new digital ulcers in patients with systemic sclerosis. Ann Rheum Dis. 2006;65(suppl II):90.
Opções primárias
bosentana: 62.5 mg por via oral duas vezes ao dia por 1 mês, seguidos por 125 mg por via oral duas vezes ao dia daí em diante
fenômeno de Raynaud (FR) primário ou secundário leve
modificação do estilo de vida
Muitos pacientes com o FR não necessitam de tratamento, exceto quando os sintomas se tornam graves.
As intervenções não farmacológicas devem ser consideradas primeiro na FR primário ou secundário leve e incluem principalmente medidas preventivas e evitação de fatores desencadeantes. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Deve-se dar orientação sobre abandonar o hábito de fumar, hidratar a pele seca e evitar medicamentos que podem agravar o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos adicionais podem ser necessários para tratar a dor.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite. Simpatectomia local palmar e/ou digital é uma última opção.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
tratamentos complementares e alternativos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Várias terapias alternativas ou suplementos têm sido apontados como capazes de ajudar a melhorar o FR; no entanto, eles não têm evidências suficientes e dependem de depoimentos de pacientes. Terapias complementares e alternativas que foram investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados incluem óleo de prímula, ácidos graxos ômega-3, Ginkgo biloba, biofeedback, acupuntura e laserterapia de baixa intensidade.[77]DiGiacomo RA, Kremer JM, Shah DM. Fish-oil dietary supplementation in patients with Raynaud's: a double-blind, controlled, prospective study. Am J Med. 1989 Feb;86(2):158-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2536517?tool=bestpractice.com [78]Muir AH, Robb R, McLaren M, et al. The use of Ginkgo biloba in Raynaud's disease: a double-blind placebo controlled trial. Vasc Med. 2002;7:265-7. https://journals.sagepub.com/doi/10.1191/1358863x02vm455oa http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12710841?tool=bestpractice.com [79]Bredie SJ, Jong MC. No significant effect of ginkgo biloba special extract EGb 761 in the treatment of primary Raynaud phenomenon: a randomized controlled trial. J Cardiovasc Pharmacol. 2012 Mar;59(3):215-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22030896?tool=bestpractice.com [80]Appiah R, Hiller S, Caspary L, et al. Treatment of primary Raynaud's syndrome with traditional Chinese acupuncture. J Intern Med. 1997 Feb;241(2):119-24. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2796.1997.91105000.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9077368?tool=bestpractice.com [81]Al-Awami M, Schillinger M, Maca T, et al. Low-level laser therapy treatment of primary and secondary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2001 Nov;30(4):281-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11771213?tool=bestpractice.com [82]Belch JJ, Shaw B, O'Dowd A, et al. Evening primrose oil (Efamol) in the treatment of Raynaud's phenomenon: a double blind study. Thromb Haemost. 1985 Aug 30;54(2):490-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4082084?tool=bestpractice.com Uma revisão e metanálise dos medicamentos complementares e alternativos no tratamento do FR verificou que a maioria dos estudos era negativa, de baixa qualidade e anterior a 1990.[83]Malenfant D, Catton M, Pope JE. The efficacy of complementary and alternative medicine in the treatment of Raynaud's phenomenon: a literature review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2009 Jul;48(7):791-5. https://academic.oup.com/rheumatology/article/48/7/791/1788881?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19433434?tool=bestpractice.com Entretanto, dados os riscos limitados associados a esses tratamentos, usá-los como terapia adjuvante pode ser considerado para pacientes em qualquer estágio de gravidade do FR, mas os pacientes devem ser informados sobre a falta de eficácia demonstrada.
Um estudo envolvendo pacientes com FR que apresentaram deficiência de vitamina D demonstrou melhora na escala visual analógica com o uso de suplementação de vitamina D3 por via oral, comparado à suplementação com placebo.[84]Hélou J, Moutran R, Maatouk I, et al. Raynaud's phenomenon and vitamin D. Rheumatol Int. 2013 Mar;33(3):751-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22580932?tool=bestpractice.com
Os efeitos de luvas com forro de cerâmica ou prata no FR também foram investigados. Um estudo relatou melhora na dor e na destreza em pacientes que usaram luvas com forro de cerâmica por 3 meses em comparação com luvas de algodão, enquanto um estudo de 2022 que investigou luvas com forro de prata não encontrou nenhuma melhora em comparação com luvas normais.[85]Ko GD, Berbrayer D. Effect of ceramic-impregnated "thermoflow" gloves on patients with Raynaud's syndrome: randomized, placebo-controlled study. Altern Med Rev. 2002 Aug;7(4):328-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12197784?tool=bestpractice.com [86]Liem SIE, Hoekstra EM, Bonte-Mineur F, et al. The effect of silver fibre gloves on Raynaud's phenomenon in patients with systemic sclerosis: a double-blind randomized crossover trial. Rheumatology (Oxford). 2023 Feb 6;62(si):74-81. https://academic.oup.com/rheumatology/article/62/SI/SI74/6571140?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441683?tool=bestpractice.com
bloqueador dos canais de cálcio
Foi demonstrado que os bloqueadores dos canais de cálcio diminuem a frequência/intensidade das crises do FR, geralmente em 30%.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com
[33]Huisstede BM, Hoogvliet P, Paulis WD, et al. Effectiveness of interventions for secondary Raynaud's phenomenon: a systematic review. Arch Phys Med Rehabil. 2011 Jul;92(7):1166-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21704799?tool=bestpractice.com
[34]Thompson AE, Pope JE. Calcium channel blockers for primary Raynaud's phenomenon: a meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2005 Feb;44(2):145-50.
https://academic.oup.com/rheumatology/article/44/2/145/2899216?login=false
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15546967?tool=bestpractice.com
[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26116156?tool=bestpractice.com
[ ]
How do calcium channel blockers compare with placebo in people with Raynaud's phenomenon?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2065/fullMostre-me a resposta
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In people with primary Raynaud's phenomenon, how do calcium channel blockers affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1242/fullMostre-me a resposta Metanálises demonstraram que os bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos são eficazes no FR primário e secundário. Os agentes recomendados incluem nifedipino, nicardipino e agentes menos estudados para esse fim, incluindo anlodipino ou felodipino.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23.
https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661
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[35]Hughes M, Ong VH, Anderson ME, et al. Consensus best practice pathway of the UK Scleroderma Study Group: digital vasculopathy in systemic sclerosis. Rheumatology (Oxford). 2015 Nov;54(11):2015-24.
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[36]Ennis H, Hughes M, Anderson ME, et al. Calcium channel blockers for primary Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Feb 25;2(2):CD002069.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26914257?tool=bestpractice.com
[37]Rirash F, Tingey PC, Harding SE, et al. Calcium channel blockers for primary and secondary Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Dec 13;12:CD000467.
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[38]La Civita L, Pitaro N, Rossi M, et al. Amlodipine in the treatment of Raynaud's phenomenon. Br J Rheumatol. 1993 Jun;32(6):524-5.
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As classes de não di-hidropiridínicos dos bloqueadores dos canais de cálcio (por exemplo, diltiazem) podem ser oferecidos se os bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos não puderem ser usados ou forem ineficazes.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [36]Ennis H, Hughes M, Anderson ME, et al. Calcium channel blockers for primary Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Feb 25;2(2):CD002069. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD002069.pub5/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26914257?tool=bestpractice.com [39]Rhedda A, McCans J, Willan AR, et al. A double blind placebo controlled crossover randomized trial of diltiazem in Raynaud's phenomenon. J Rheumatol. 1985 Aug;12(4):724-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3903157?tool=bestpractice.com
Os bloqueadores dos canais de cálcio podem não ser eficazes em todos os pacientes e podem ter efeitos adversos, como hipotensão, tontura, rubor e edema nos tornozelos. Os bloqueadores dos canais de cálcio de ação rápida podem causar hipotensão ortostática e muitas pessoas com o FR são jovens que têm pressão arterial normal a baixa. Caso o bloqueador dos canais de cálcio de ação rápida seja tolerado, mas não seja eficaz, a dose pode ser aumentada.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com
Os bloqueadores dos canais de cálcio podem ser prescritos "quando necessários", como no tempo frio.
Opções primárias
nifedipino: 10 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia, ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo de 180 mg/dia; 30-60 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
ou
nicardipino: 20 mg por via oral três vezes ao dia, máximo de 120 mg/dia
Opções secundárias
felodipino: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia, ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
anlodipino: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia, ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
Opções terciárias
diltiazem: 30 mg por via oral (liberação imediata) quatro vezes ao dia, máximo de 360 mg/dia
modificação do estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento em pessoas com FR primário ou secundário leve e incluem principalmente medidas preventivas e a evitação de fatores desencadeantes. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Deve-se dar orientação sobre abandonar o hábito de fumar, hidratar a pele seca e evitar medicamentos que podem agravar o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos adicionais podem ser necessários para tratar a dor.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite. Simpatectomia local palmar e/ou digital é uma última opção.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
tratamentos complementares e alternativos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Várias terapias alternativas ou suplementos têm sido apontados como capazes de ajudar a melhorar o FR; no entanto, eles não têm evidências suficientes e dependem de depoimentos de pacientes. Terapias complementares e alternativas que foram investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados incluem óleo de prímula, ácidos graxos ômega-3, Ginkgo biloba, biofeedback, acupuntura e laserterapia de baixa intensidade.[77]DiGiacomo RA, Kremer JM, Shah DM. Fish-oil dietary supplementation in patients with Raynaud's: a double-blind, controlled, prospective study. Am J Med. 1989 Feb;86(2):158-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2536517?tool=bestpractice.com [78]Muir AH, Robb R, McLaren M, et al. The use of Ginkgo biloba in Raynaud's disease: a double-blind placebo controlled trial. Vasc Med. 2002;7:265-7. https://journals.sagepub.com/doi/10.1191/1358863x02vm455oa http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12710841?tool=bestpractice.com [79]Bredie SJ, Jong MC. No significant effect of ginkgo biloba special extract EGb 761 in the treatment of primary Raynaud phenomenon: a randomized controlled trial. J Cardiovasc Pharmacol. 2012 Mar;59(3):215-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22030896?tool=bestpractice.com [80]Appiah R, Hiller S, Caspary L, et al. Treatment of primary Raynaud's syndrome with traditional Chinese acupuncture. J Intern Med. 1997 Feb;241(2):119-24. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2796.1997.91105000.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9077368?tool=bestpractice.com [81]Al-Awami M, Schillinger M, Maca T, et al. Low-level laser therapy treatment of primary and secondary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2001 Nov;30(4):281-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11771213?tool=bestpractice.com [82]Belch JJ, Shaw B, O'Dowd A, et al. Evening primrose oil (Efamol) in the treatment of Raynaud's phenomenon: a double blind study. Thromb Haemost. 1985 Aug 30;54(2):490-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4082084?tool=bestpractice.com Uma revisão e metanálise dos medicamentos complementares e alternativos no tratamento do FR verificou que a maioria dos estudos era negativa, de baixa qualidade e anterior a 1990.[83]Malenfant D, Catton M, Pope JE. The efficacy of complementary and alternative medicine in the treatment of Raynaud's phenomenon: a literature review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2009 Jul;48(7):791-5. https://academic.oup.com/rheumatology/article/48/7/791/1788881?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19433434?tool=bestpractice.com Entretanto, dados os riscos limitados associados a esses tratamentos, usá-los como terapia adjuvante pode ser considerado para pacientes em qualquer estágio de gravidade do FR, mas os pacientes devem ser informados sobre a falta de eficácia demonstrada.
Um estudo envolvendo pacientes com FR que apresentaram deficiência de vitamina D demonstrou melhora na escala visual analógica com o uso de suplementação de vitamina D3 por via oral, comparado à suplementação com placebo.[84]Hélou J, Moutran R, Maatouk I, et al. Raynaud's phenomenon and vitamin D. Rheumatol Int. 2013 Mar;33(3):751-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22580932?tool=bestpractice.com
Os efeitos de luvas com forro de cerâmica ou prata no FR também foram investigados. Um estudo relatou melhora na dor e na destreza em pacientes que usaram luvas com forro de cerâmica por 3 meses em comparação com luvas de algodão, enquanto um estudo de 2022 que investigou luvas com forro de prata não encontrou nenhuma melhora em comparação com luvas normais.[85]Ko GD, Berbrayer D. Effect of ceramic-impregnated "thermoflow" gloves on patients with Raynaud's syndrome: randomized, placebo-controlled study. Altern Med Rev. 2002 Aug;7(4):328-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12197784?tool=bestpractice.com [86]Liem SIE, Hoekstra EM, Bonte-Mineur F, et al. The effect of silver fibre gloves on Raynaud's phenomenon in patients with systemic sclerosis: a double-blind randomized crossover trial. Rheumatology (Oxford). 2023 Feb 6;62(si):74-81. https://academic.oup.com/rheumatology/article/62/SI/SI74/6571140?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441683?tool=bestpractice.com
inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou antagonista do receptor de angiotensina II
Os inibidores da ECA (por exemplo, captopril) também têm sido usados como alternativas aos bloqueadores dos canais de cálcio, mas apresentaram resultados conflitantes.[44]Wood HM, Ernst ME. Renin-angiotensin system mediators and Raynaud's phenomenon. Ann Pharmacother. 2006 Nov;40(11):1998-2002. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17003081?tool=bestpractice.com Uma revisão sistemática de 2021 revelou que captopril e enalapril podem aumentar a frequência das crises no FR primário.[40]Su KY, Sharma M, Kim HJ, et al. Vasodilators for primary Raynaud's phenomenon. Cochrane Database Syst Rev. 2021 May 17;5(5):CD006687. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006687.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33998674?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico randomizado e controlado revelou que o tratamento com quinapril não apresentou melhora nas crises secundárias de FR.[54]Gliddon AE, Doré CJ, Black CM, et al. Prevention of vascular damage in scleroderma and autoimmune Raynaud's phenomenon: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial of the angiotensin-converting enzyme inhibitor quinapril. Arthritis Rheum. 2007 Nov;56(11):3837-46. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.22965/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17968938?tool=bestpractice.com
Dois estudos mostraram uma redução nas crises de FR em pacientes tratados com o antagonista do receptor de angiotensina II losartana, com um estudo mostrando melhora nos sintomas de FR em comparação com nifedipino.[42]Pancera P, Sansone S, Secchi S, et al. The effects of thromboxane A2 inhibition (picotamide) and angiotensin II receptor blockade (losartan) in primary Raynaud's phenomenon. J Intern Med. 1997 Nov;242(5):373-6. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2796.1997.00219.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9408065?tool=bestpractice.com [43]Dziadzio M, Denton CP, Smith R, et al. Losartan therapy for Raynaud's phenomenon and scleroderma: clinical and biochemical findings in a fifteen-week, randomized, parallel-group, controlled trial. Arthritis Rheum. 1999 Dec;42(12):2646-55. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/1529-0131(199912)42:12%3C2646::AID-ANR21%3E3.0.CO;2-T http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10616013?tool=bestpractice.com [44]Wood HM, Ernst ME. Renin-angiotensin system mediators and Raynaud's phenomenon. Ann Pharmacother. 2006 Nov;40(11):1998-2002. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17003081?tool=bestpractice.com
Opções primárias
losartana: 25-100 mg por via oral uma vez ao dia
ou
captopril: 25-150 mg por via oral três vezes ao dia
modificação do estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento em pessoas com FR primário ou secundário leve e incluem principalmente medidas preventivas e a evitação de fatores desencadeantes. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Deve-se dar orientação sobre abandonar o hábito de fumar, hidratar a pele seca e evitar medicamentos que podem agravar o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos adicionais podem ser necessários para tratar a dor.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite. Simpatectomia local palmar e/ou digital é uma última opção.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
tratamentos complementares e alternativos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Várias terapias alternativas ou suplementos têm sido apontados como capazes de ajudar a melhorar o FR; no entanto, eles não têm evidências suficientes e dependem de depoimentos de pacientes. Terapias complementares e alternativas que foram investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados incluem óleo de prímula, ácidos graxos ômega-3, Ginkgo biloba, biofeedback, acupuntura e laserterapia de baixa intensidade.[77]DiGiacomo RA, Kremer JM, Shah DM. Fish-oil dietary supplementation in patients with Raynaud's: a double-blind, controlled, prospective study. Am J Med. 1989 Feb;86(2):158-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2536517?tool=bestpractice.com [78]Muir AH, Robb R, McLaren M, et al. The use of Ginkgo biloba in Raynaud's disease: a double-blind placebo controlled trial. Vasc Med. 2002;7:265-7. https://journals.sagepub.com/doi/10.1191/1358863x02vm455oa http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12710841?tool=bestpractice.com [79]Bredie SJ, Jong MC. No significant effect of ginkgo biloba special extract EGb 761 in the treatment of primary Raynaud phenomenon: a randomized controlled trial. J Cardiovasc Pharmacol. 2012 Mar;59(3):215-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22030896?tool=bestpractice.com [80]Appiah R, Hiller S, Caspary L, et al. Treatment of primary Raynaud's syndrome with traditional Chinese acupuncture. J Intern Med. 1997 Feb;241(2):119-24. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2796.1997.91105000.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9077368?tool=bestpractice.com [81]Al-Awami M, Schillinger M, Maca T, et al. Low-level laser therapy treatment of primary and secondary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2001 Nov;30(4):281-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11771213?tool=bestpractice.com [82]Belch JJ, Shaw B, O'Dowd A, et al. Evening primrose oil (Efamol) in the treatment of Raynaud's phenomenon: a double blind study. Thromb Haemost. 1985 Aug 30;54(2):490-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4082084?tool=bestpractice.com Uma revisão e metanálise dos medicamentos complementares e alternativos no tratamento do FR verificou que a maioria dos estudos era negativa, de baixa qualidade e anterior a 1990.[83]Malenfant D, Catton M, Pope JE. The efficacy of complementary and alternative medicine in the treatment of Raynaud's phenomenon: a literature review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2009 Jul;48(7):791-5. https://academic.oup.com/rheumatology/article/48/7/791/1788881?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19433434?tool=bestpractice.com Entretanto, dados os riscos limitados associados a esses tratamentos, usá-los como terapia adjuvante pode ser considerado para pacientes em qualquer estágio de gravidade do FR, mas os pacientes devem ser informados sobre a falta de eficácia demonstrada.
Um estudo envolvendo pacientes com FR que apresentaram deficiência de vitamina D demonstrou melhora na escala visual analógica com o uso de suplementação de vitamina D3 por via oral, comparado à suplementação com placebo.[84]Hélou J, Moutran R, Maatouk I, et al. Raynaud's phenomenon and vitamin D. Rheumatol Int. 2013 Mar;33(3):751-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22580932?tool=bestpractice.com
Os efeitos de luvas com forro de cerâmica ou prata no FR também foram investigados. Um estudo relatou melhora na dor e na destreza em pacientes que usaram luvas com forro de cerâmica por 3 meses em comparação com luvas de algodão, enquanto um estudo de 2022 que investigou luvas com forro de prata não encontrou nenhuma melhora em comparação com luvas normais.[85]Ko GD, Berbrayer D. Effect of ceramic-impregnated "thermoflow" gloves on patients with Raynaud's syndrome: randomized, placebo-controlled study. Altern Med Rev. 2002 Aug;7(4):328-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12197784?tool=bestpractice.com [86]Liem SIE, Hoekstra EM, Bonte-Mineur F, et al. The effect of silver fibre gloves on Raynaud's phenomenon in patients with systemic sclerosis: a double-blind randomized crossover trial. Rheumatology (Oxford). 2023 Feb 6;62(si):74-81. https://academic.oup.com/rheumatology/article/62/SI/SI74/6571140?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441683?tool=bestpractice.com
inibidor seletivo de recaptação de serotonina
Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) podem ser usados como a opção de terceira linha, quando outros medicamentos tiverem falhado ou não tiverem sido bem tolerados.
A associação entre ISRS e FR é controversa. O tratamento com o ISRS fluoxetina também mostrou uma diminuição na frequência e intensidade das crises em um estudo randomizado.[45]Coleiro B, Marshall SE, Denton CP, et al. Treatment of Raynaud's phenomenon with the selective serotonin reuptake inhibitor fluoxetine. Rheumatology (Oxford). 2001 Sep;40(9):1038-43. https://academic.oup.com/rheumatology/article/40/9/1038/1787964?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11561116?tool=bestpractice.com Entretanto, outros estudos relatam que os ISRS podem exacerbar os sintomas do FR.[7]Khouri C, Blaise S, Carpentier P, et al. Drug-induced Raynaud's phenomenon: beyond β-adrenoceptor blockers. Br J Clin Pharmacol. 2016 Jul;82(1):6-16. https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bcp.12912 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26949933?tool=bestpractice.com [46]Khouri C, Gailland T, Lepelley M, et al. Fluoxetine and Raynaud's phenomenon: friend or foe? Br J Clin Pharmacol. 2017 Oct;83(10):2307-9. https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bcp.13314 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28580711?tool=bestpractice.com
Opções primárias
fluoxetina: 20-60 mg por via oral uma vez ao dia
modificação do estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento em pessoas com FR primário ou secundário leve e incluem principalmente medidas preventivas e a evitação de fatores desencadeantes. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Deve-se dar orientação sobre abandonar o hábito de fumar, hidratar a pele seca e evitar medicamentos que podem agravar o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos adicionais podem ser necessários para tratar a dor.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite. Simpatectomia local palmar e/ou digital é uma última opção.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
tratamentos complementares e alternativos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Várias terapias alternativas ou suplementos têm sido apontados como capazes de ajudar a melhorar o FR; no entanto, eles não têm evidências suficientes e dependem de depoimentos de pacientes. Terapias complementares e alternativas que foram investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados incluem óleo de prímula, ácidos graxos ômega-3, Ginkgo biloba, biofeedback, acupuntura e laserterapia de baixa intensidade.[77]DiGiacomo RA, Kremer JM, Shah DM. Fish-oil dietary supplementation in patients with Raynaud's: a double-blind, controlled, prospective study. Am J Med. 1989 Feb;86(2):158-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2536517?tool=bestpractice.com [78]Muir AH, Robb R, McLaren M, et al. The use of Ginkgo biloba in Raynaud's disease: a double-blind placebo controlled trial. Vasc Med. 2002;7:265-7. https://journals.sagepub.com/doi/10.1191/1358863x02vm455oa http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12710841?tool=bestpractice.com [79]Bredie SJ, Jong MC. No significant effect of ginkgo biloba special extract EGb 761 in the treatment of primary Raynaud phenomenon: a randomized controlled trial. J Cardiovasc Pharmacol. 2012 Mar;59(3):215-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22030896?tool=bestpractice.com [80]Appiah R, Hiller S, Caspary L, et al. Treatment of primary Raynaud's syndrome with traditional Chinese acupuncture. J Intern Med. 1997 Feb;241(2):119-24. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2796.1997.91105000.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9077368?tool=bestpractice.com [81]Al-Awami M, Schillinger M, Maca T, et al. Low-level laser therapy treatment of primary and secondary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2001 Nov;30(4):281-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11771213?tool=bestpractice.com [82]Belch JJ, Shaw B, O'Dowd A, et al. Evening primrose oil (Efamol) in the treatment of Raynaud's phenomenon: a double blind study. Thromb Haemost. 1985 Aug 30;54(2):490-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4082084?tool=bestpractice.com Uma revisão e metanálise dos medicamentos complementares e alternativos no tratamento do FR verificou que a maioria dos estudos era negativa, de baixa qualidade e anterior a 1990.[83]Malenfant D, Catton M, Pope JE. The efficacy of complementary and alternative medicine in the treatment of Raynaud's phenomenon: a literature review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2009 Jul;48(7):791-5. https://academic.oup.com/rheumatology/article/48/7/791/1788881?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19433434?tool=bestpractice.com Entretanto, dados os riscos limitados associados a esses tratamentos, usá-los como terapia adjuvante pode ser considerado para pacientes em qualquer estágio de gravidade do FR, mas os pacientes devem ser informados sobre a falta de eficácia demonstrada.
Um estudo envolvendo pacientes com FR que apresentaram deficiência de vitamina D demonstrou melhora na escala visual analógica com o uso de suplementação de vitamina D3 por via oral, comparado à suplementação com placebo.[84]Hélou J, Moutran R, Maatouk I, et al. Raynaud's phenomenon and vitamin D. Rheumatol Int. 2013 Mar;33(3):751-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22580932?tool=bestpractice.com
Os efeitos de luvas com forro de cerâmica ou prata no FR também foram investigados. Um estudo relatou melhora na dor e na destreza em pacientes que usaram luvas com forro de cerâmica por 3 meses em comparação com luvas de algodão, enquanto um estudo de 2022 que investigou luvas com forro de prata não encontrou nenhuma melhora em comparação com luvas normais.[85]Ko GD, Berbrayer D. Effect of ceramic-impregnated "thermoflow" gloves on patients with Raynaud's syndrome: randomized, placebo-controlled study. Altern Med Rev. 2002 Aug;7(4):328-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12197784?tool=bestpractice.com [86]Liem SIE, Hoekstra EM, Bonte-Mineur F, et al. The effect of silver fibre gloves on Raynaud's phenomenon in patients with systemic sclerosis: a double-blind randomized crossover trial. Rheumatology (Oxford). 2023 Feb 6;62(si):74-81. https://academic.oup.com/rheumatology/article/62/SI/SI74/6571140?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441683?tool=bestpractice.com
nitrato tópico
A nitroglicerina tópica pode ser usada como opção de terceira linha, quando outros medicamentos tiverem falhado ou não tiverem sido bem tolerados.
Foi demonstrado que os nitratos tópicos são eficazes na redução da frequência e da intensidade das crises, na redução do tamanho das úlceras, na redução do Índice de Condição de Raynaud e na melhora do fluxo sanguíneo em vários ensaios clínicos randomizados e controlados; no entanto, efeitos adversos, como cefaleias, podem limitar seu uso.[47]Teh LS, Manning J, Moore T, et al. Sustained-release transdermal glyceryl trinitrate patches as a treatment for primary and secondary Raynaud's phenomenon. Br J Rheumatol. 1995 Jul;34(7):636-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7670782?tool=bestpractice.com [48]Franks AG Jr. Topical glyceryl trinitrate as adjunctive treatment in Raynaud's disease. Lancet. 1982 Jan 9;1(8263):76-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6119495?tool=bestpractice.com [49]Chung L, Shapiro L, Fiorentino D, et al. MQX-503, a novel formulation of nitroglycerin, improves the severity of Raynaud's phenomenon: a randomized, controlled trial. Arthritis Rheum. 2009 Mar;60(3):870-7. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/art.24351 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19248104?tool=bestpractice.com [50]Hummers LK, Dugowson CE, Dechow FJ, et al. A multi-centre, blinded, randomised, placebo-controlled, laboratory-based study of MQX-503, a novel topical gel formulation of nitroglycerine, in patients with Raynaud phenomenon. Ann Rheum Dis. 2013 Dec;72(12):1962-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23268365?tool=bestpractice.com
Opções primárias
nitroglicerina tópica: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
modificação do estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento em pessoas com FR primário ou secundário leve e incluem principalmente medidas preventivas e a evitação de fatores desencadeantes. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Deve-se dar orientação sobre abandonar o hábito de fumar, hidratar a pele seca e evitar medicamentos que podem agravar o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos adicionais podem ser necessários para tratar a dor de isquemia grave ou prolongada ou complicações como gangrena ou úlceras digitais.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite. Simpatectomia local palmar e/ou digital é uma última opção.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
tratamentos complementares e alternativos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Várias terapias alternativas ou suplementos têm sido apontados como capazes de ajudar a melhorar o FR; no entanto, eles não têm evidências suficientes e dependem de depoimentos de pacientes. Terapias complementares e alternativas que foram investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados incluem óleo de prímula, ácidos graxos ômega-3, Ginkgo biloba, biofeedback, acupuntura e laserterapia de baixa intensidade.[77]DiGiacomo RA, Kremer JM, Shah DM. Fish-oil dietary supplementation in patients with Raynaud's: a double-blind, controlled, prospective study. Am J Med. 1989 Feb;86(2):158-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2536517?tool=bestpractice.com [78]Muir AH, Robb R, McLaren M, et al. The use of Ginkgo biloba in Raynaud's disease: a double-blind placebo controlled trial. Vasc Med. 2002;7:265-7. https://journals.sagepub.com/doi/10.1191/1358863x02vm455oa http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12710841?tool=bestpractice.com [79]Bredie SJ, Jong MC. No significant effect of ginkgo biloba special extract EGb 761 in the treatment of primary Raynaud phenomenon: a randomized controlled trial. J Cardiovasc Pharmacol. 2012 Mar;59(3):215-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22030896?tool=bestpractice.com [80]Appiah R, Hiller S, Caspary L, et al. Treatment of primary Raynaud's syndrome with traditional Chinese acupuncture. J Intern Med. 1997 Feb;241(2):119-24. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2796.1997.91105000.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9077368?tool=bestpractice.com [81]Al-Awami M, Schillinger M, Maca T, et al. Low-level laser therapy treatment of primary and secondary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2001 Nov;30(4):281-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11771213?tool=bestpractice.com [82]Belch JJ, Shaw B, O'Dowd A, et al. Evening primrose oil (Efamol) in the treatment of Raynaud's phenomenon: a double blind study. Thromb Haemost. 1985 Aug 30;54(2):490-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4082084?tool=bestpractice.com Uma revisão e metanálise dos medicamentos complementares e alternativos no tratamento do FR verificou que a maioria dos estudos era negativa, de baixa qualidade e anterior a 1990.[83]Malenfant D, Catton M, Pope JE. The efficacy of complementary and alternative medicine in the treatment of Raynaud's phenomenon: a literature review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2009 Jul;48(7):791-5. https://academic.oup.com/rheumatology/article/48/7/791/1788881?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19433434?tool=bestpractice.com Entretanto, dados os riscos limitados associados a esses tratamentos, usá-los como terapia adjuvante pode ser considerado para pacientes em qualquer estágio de gravidade do FR, mas os pacientes devem ser informados sobre a falta de eficácia demonstrada.
Um estudo envolvendo pacientes com FR que apresentaram deficiência de vitamina D demonstrou melhora na escala visual analógica com o uso de suplementação de vitamina D3 por via oral, comparado à suplementação com placebo.[84]Hélou J, Moutran R, Maatouk I, et al. Raynaud's phenomenon and vitamin D. Rheumatol Int. 2013 Mar;33(3):751-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22580932?tool=bestpractice.com
Os efeitos de luvas com forro de cerâmica ou prata no FR também foram investigados. Um estudo relatou melhora na dor e na destreza em pacientes que usaram luvas com forro de cerâmica por 3 meses em comparação com luvas de algodão, enquanto um estudo de 2022 que investigou luvas com forro de prata não encontrou nenhuma melhora em comparação com luvas normais.[85]Ko GD, Berbrayer D. Effect of ceramic-impregnated "thermoflow" gloves on patients with Raynaud's syndrome: randomized, placebo-controlled study. Altern Med Rev. 2002 Aug;7(4):328-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12197784?tool=bestpractice.com [86]Liem SIE, Hoekstra EM, Bonte-Mineur F, et al. The effect of silver fibre gloves on Raynaud's phenomenon in patients with systemic sclerosis: a double-blind randomized crossover trial. Rheumatology (Oxford). 2023 Feb 6;62(si):74-81. https://academic.oup.com/rheumatology/article/62/SI/SI74/6571140?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441683?tool=bestpractice.com
alfabloqueador
Os alfabloqueadores podem ser usados como opção de quarta linha, quando todos os outros medicamentos tiverem falhado ou não tiverem sido bem tolerados.
O tratamento com o alfabloqueador prazosina demonstrou melhora modesta no FR em três ensaios clínicos randomizados e controlados; no entanto, os efeitos adversos podem ser comuns e nenhum outro ensaio clínico foi conduzido desde 1986.[51]Pope J, Fenlon D, Thompson A, et al. Prazosin for Raynaud's phenomenon in progressive systemic sclerosis. Cochrane Database Syst Rev. 2000;1998(2):CD000956. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7032637 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10796398?tool=bestpractice.com [52]Surwit RS, Gilgor RS, Allen LM, et al. A double-blind study of prazosin in the treatment of Raynaud's phenomenon in scleroderma. Arch Dermatol. 1984 Mar;120(3):329-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6367665?tool=bestpractice.com [53]Wollersheim H, Thien T, Fennis J, et al. Double-blind, placebo-controlled study of prazosin in Raynaud's phenomenon. Clin Pharmacol Ther. 1986 Aug;40(2):219-25. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3731684?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prazosina: 1 mg por via oral duas vezes ao dia
modificação do estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A modificação do estilo de vida também deve ser considerada juntamente com o tratamento em pessoas com FR primário ou secundário leve e incluem principalmente medidas preventivas e a evitação de fatores desencadeantes. Isso inclui manter-se aquecido e evitar umidade: por exemplo, usando luvas ou aquecedores de mãos. Deve-se dar orientação sobre abandonar o hábito de fumar, hidratar a pele seca e evitar medicamentos que podem agravar o FR (por exemplo, betabloqueadores, ergotamina, clonidina, ciclosporina, cafeína, cocaína, anfetaminas). Também é recomendável evitar lesões nos dedos e exposição à vibração, além de minimizar o estresse. Medicamentos vasoconstritores devem ser descontinuados sempre que possível.[4]Belch J, Carlizza A, Carpentier PH, et al. ESVM guidelines - the diagnosis and management of Raynaud's phenomenon. Vasa. 2017 Oct;46(6):413-23. https://econtent.hogrefe.com/doi/10.1024/0301-1526/a000661 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28895508?tool=bestpractice.com [31]Parodis I, Gomez A, Tsoi A, et al. Systematic literature review informing the EULAR recommendations for the non-pharmacological management of systemic lupus erythematosus and systemic sclerosis. RMD Open. 2023 Aug;9(3):e003297. https://rmdopen.bmj.com/content/9/3/e003297.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37532469?tool=bestpractice.com
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O alívio da dor é um componente importante do controle dos sintomas. Os vasodilatadores tratam a dor do FR se forem eficazes na redução da frequência, intensidade ou duração das crises. No entanto, analgésicos adicionais podem ser necessários para tratar a dor.
Os algoritmos locais de controle da dor devem ser seguidos e o tratamento deve ser adequado à história médica e a todas as contraindicações relativas/absolutas. Analgésicos simples, como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), podem ser suficientes. Podem ser necessários opioides de ação rápida ou de ação prolongada. As úlceras digitais podem ser muito dolorosas; codeína ou oxicodona podem ser indicadas. Raramente, a fentanila transdérmica é usada se outros opioides não forem eficazes ou não forem bem tolerados, geralmente nos pacientes com gangrena ou osteomielite. Simpatectomia local palmar e/ou digital é uma última opção.
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral/retal a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
ou
diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas ou três vezes ao dia quando necessário
ou
diclofenaco sódico: 100 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia quando necessário
Opções secundárias
fosfato de codeína: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia
ou
oxicodona: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas quando necessário; 10 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas quando necessário
Opções terciárias
fentanila transdérmica: 12.5 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas, aumentar para 25 microgramas/hora (adesivo) aplicados a cada 72 horas se necessário
tratamentos complementares e alternativos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Várias terapias alternativas ou suplementos têm sido apontados como capazes de ajudar a melhorar o FR; no entanto, eles não têm evidências suficientes e dependem de depoimentos de pacientes. Terapias complementares e alternativas que foram investigadas em ensaios clínicos randomizados e controlados incluem óleo de prímula, ácidos graxos ômega-3, Ginkgo biloba, biofeedback, acupuntura e laserterapia de baixa intensidade.[77]DiGiacomo RA, Kremer JM, Shah DM. Fish-oil dietary supplementation in patients with Raynaud's: a double-blind, controlled, prospective study. Am J Med. 1989 Feb;86(2):158-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2536517?tool=bestpractice.com [78]Muir AH, Robb R, McLaren M, et al. The use of Ginkgo biloba in Raynaud's disease: a double-blind placebo controlled trial. Vasc Med. 2002;7:265-7. https://journals.sagepub.com/doi/10.1191/1358863x02vm455oa http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12710841?tool=bestpractice.com [79]Bredie SJ, Jong MC. No significant effect of ginkgo biloba special extract EGb 761 in the treatment of primary Raynaud phenomenon: a randomized controlled trial. J Cardiovasc Pharmacol. 2012 Mar;59(3):215-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22030896?tool=bestpractice.com [80]Appiah R, Hiller S, Caspary L, et al. Treatment of primary Raynaud's syndrome with traditional Chinese acupuncture. J Intern Med. 1997 Feb;241(2):119-24. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2796.1997.91105000.x http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9077368?tool=bestpractice.com [81]Al-Awami M, Schillinger M, Maca T, et al. Low-level laser therapy treatment of primary and secondary Raynaud's phenomenon. Vasa. 2001 Nov;30(4):281-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11771213?tool=bestpractice.com [82]Belch JJ, Shaw B, O'Dowd A, et al. Evening primrose oil (Efamol) in the treatment of Raynaud's phenomenon: a double blind study. Thromb Haemost. 1985 Aug 30;54(2):490-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4082084?tool=bestpractice.com Uma revisão e metanálise dos medicamentos complementares e alternativos no tratamento do FR verificou que a maioria dos estudos era negativa, de baixa qualidade e anterior a 1990.[83]Malenfant D, Catton M, Pope JE. The efficacy of complementary and alternative medicine in the treatment of Raynaud's phenomenon: a literature review and meta-analysis. Rheumatology (Oxford). 2009 Jul;48(7):791-5. https://academic.oup.com/rheumatology/article/48/7/791/1788881?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19433434?tool=bestpractice.com Entretanto, dados os riscos limitados associados a esses tratamentos, usá-los como terapia adjuvante pode ser considerado para pacientes em qualquer estágio de gravidade do FR, mas os pacientes devem ser informados sobre a falta de eficácia demonstrada.
Um estudo envolvendo pacientes com FR que apresentaram deficiência de vitamina D demonstrou melhora na escala visual analógica com o uso de suplementação de vitamina D3 por via oral, comparado à suplementação com placebo.[84]Hélou J, Moutran R, Maatouk I, et al. Raynaud's phenomenon and vitamin D. Rheumatol Int. 2013 Mar;33(3):751-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22580932?tool=bestpractice.com
Os efeitos de luvas com forro de cerâmica ou prata no FR também foram investigados. Um estudo relatou melhora na dor e na destreza em pacientes que usaram luvas com forro de cerâmica por 3 meses em comparação com luvas de algodão, enquanto um estudo de 2022 que investigou luvas com forro de prata não encontrou nenhuma melhora em comparação com luvas normais.[85]Ko GD, Berbrayer D. Effect of ceramic-impregnated "thermoflow" gloves on patients with Raynaud's syndrome: randomized, placebo-controlled study. Altern Med Rev. 2002 Aug;7(4):328-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12197784?tool=bestpractice.com [86]Liem SIE, Hoekstra EM, Bonte-Mineur F, et al. The effect of silver fibre gloves on Raynaud's phenomenon in patients with systemic sclerosis: a double-blind randomized crossover trial. Rheumatology (Oxford). 2023 Feb 6;62(si):74-81. https://academic.oup.com/rheumatology/article/62/SI/SI74/6571140?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441683?tool=bestpractice.com
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