Infecção pelo vírus da chikungunya
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
infecção aguda confirmada
cuidados de suporte
Os pacientes têm aumento das demandas metabólicas e deve-se assegurar hidratação e nutrição adequadas.[88]Centers for Disease Control and Prevention. Treatment and prevention of chikungunya virus disease. May 2025 [internet publication]. https://www.cdc.gov/chikungunya/hcp/treatment-prevention/index.html
O tratamento de acordo com protocolos, com fluidoterapia oral e monitoramento adequado, é recomendado nos pacientes com doença não grave. O volume de fluidos depende da idade do paciente e da presença de quaisquer doenças clínicas subjacentes.[74]World Health Organization. WHO guidelines for clinical management of arboviral diseases: dengue, chikungunya, Zika and yellow fever. Jul 2025 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240111110 Nos pacientes agudamente enfermos com doença grave que necessitarem de hospitalização, é indicado o manejo adequado de distúrbios de fluidos, eletrólitos e ácido-base. Os fluidos cristaloides são recomendados em vez dos fluidos coloides, e o manejo dos fluidos intravenosos deve ser orientado pelo tempo de enchimento capilar e pela medição do lactato.[74]World Health Organization. WHO guidelines for clinical management of arboviral diseases: dengue, chikungunya, Zika and yellow fever. Jul 2025 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240111110
O repouso é importante.[88]Centers for Disease Control and Prevention. Treatment and prevention of chikungunya virus disease. May 2025 [internet publication]. https://www.cdc.gov/chikungunya/hcp/treatment-prevention/index.html Os pacientes podem precisar ausentar-se temporariamente do trabalho ou limitar-se a atividades menos vigorosas.
Deve-se evitar movimentação excessiva das articulações agudamente inflamadas; no entanto, não se indica imobilização rigorosa. Repouso relativo com mobilização passiva das articulações e estimulação de contrações musculares isométricas. Fisioterapia e terapia ocupacional podem ser indicadas durante a fase de recuperação.
A aplicação de compressas mornas ou frias e banhos com água morna ou fria podem proporcionar alívio dos sintomas articulares.[59]Brito CAA, Marques CDL, Falcão MB, et al. Update on the treatment of musculoskeletal manifestations in chikungunya fever: a guideline. Rev Soc Bras Med Trop. 2020;53:e20190517. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7405653 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32756797?tool=bestpractice.com [89]Direction Generale de la Sante. National recommendations on the management of Chikungunya [in French]. Nov 2014 [internet publication]. http://www.sante.gouv.fr/IMG/pdf/2014-Chikungunya-recommandations_SPILF_2014.pdf
Quando houver dúvidas sobre o diagnóstico ou preocupações acerca de coinfecção com outros vírus e em casos de febre persistente ou manifestações atípicas, é adequado consultar um especialista em doenças infecciosas. Em casos de meningite ou meningoencefalite, recomenda-se uma consulta neurológica.
paracetamol
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Paracetamol é o tratamento de primeira escolha para manejo de febre e dor na fase aguda.[88]Centers for Disease Control and Prevention. Treatment and prevention of chikungunya virus disease. May 2025 [internet publication]. https://www.cdc.gov/chikungunya/hcp/treatment-prevention/index.html [74]World Health Organization. WHO guidelines for clinical management of arboviral diseases: dengue, chikungunya, Zika and yellow fever. Jul 2025 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240111110
Deve-se ter cautela com os pacientes que usarem medicamentos de venda livre (pois eles também podem conter paracetamol) e com os pacientes com doença hepática (incluindo usuários de álcool).
A administração regular é preferível à administração "quando necessário".
Opções primárias
paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg por via oral a cada 4-6 horas, máximo de 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas, máximo de 4000 mg/dia
anti-inflamatório não esteroidal (AINE) ou opioide
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os AINEs sistêmicos (por exemplo, ibuprofeno, naproxeno, celecoxibe) podem ser considerados para o tratamento da febre e da dor, desde que a infecção pelo vírus da chikungunya tenha sido confirmada e outras doenças (particularmente a dengue) tenham sido descartadas. Eles devem ser usados com cautela nas semanas iniciais da doença e evitados até que outras infecções tenham sido descartadas, pois podem agravar as manifestações hemorrágicas (incomuns na infecção pelo vírus da chikungunya, mas preocupantes nos pacientes que puderem estar coinfectados com dengue).[88]Centers for Disease Control and Prevention. Treatment and prevention of chikungunya virus disease. May 2025 [internet publication]. https://www.cdc.gov/chikungunya/hcp/treatment-prevention/index.html [74]World Health Organization. WHO guidelines for clinical management of arboviral diseases: dengue, chikungunya, Zika and yellow fever. Jul 2025 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240111110 A aspirina e outros salicilatos também podem desencadear a síndrome de Reye, uma esteato-hepatite potencialmente letal associada a edema cerebral, entre os pacientes com síndromes virais; portanto, deve-se evitar a administração de aspirina nas crianças e adolescentes. Contudo, se forem descartadas outras doenças e houver persistência dos sintomas por mais de 3 a 4 semanas, pode-se fazer uma tentativa terapêutica com um AINE oral adequado. Não há nenhum AINE específico recomendado e os exemplos recomendados aqui são baseados na opinião de especialistas. Sempre que um AINE for escolhido, sua eficácia deverá ser reavaliada em 7 a 10 dias e outro agente deverá ser tentado se não houver resposta. O tratamento não deve exceder 3 a 4 semanas. Os AINEs e a aspirina não devem ser administrados a gestantes.
Analgésicos opioides (por exemplo, hidrocodona, tramadol, oxicodona, morfina) podem ser considerados em casos selecionados quando a dor não responde aos AINEs. A morfina deve ser reservada para pacientes com dor muito intensa. Se for selecionado hidrocodona/paracetamol, deve-se suspender a monoterapia com paracetamol. Os opioides devem ser usados pelo menor período possível, reduzindo-se rapidamente, e substituídos por um AINE ou pelo paracetamol. Os opioides estão associados ao risco de dependência, abuso e uso indevido, o que pode levar à superdosagem e potencialmente à morte. O risco deve ser avaliado antes da prescrição e reavaliado regularmente durante o tratamento. Os opioides podem causar depressão respiratória com risco de vida, especialmente durante o início do tratamento ou ajuste da dose. Evite o uso concomitante de outros depressores do sistema nervoso central, incluindo álcool.
A administração regular é preferível à administração "quando necessário".
Opções primárias
ibuprofeno: crianças: ≥6 meses de idade: 4-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: crianças ≥2 anos de idade: 5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia; adultos: 250-500 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia, máximo de 1000 mg/dia
ou
celecoxibe: crianças ≥2 anos de idade 10-25 kg: 50 mg por via oral duas vezes ao dia; crianças ≥2 anos de idade e >25 kg: 100 mg por via oral duas vezes ao dia; adultos: 200 mg/dia por via oral administrados em dose única ou em 2 doses fracionadas
Opções secundárias
paracetamol/hidrocodona: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via oral a cada 4-6 horas
Mais paracetamol/hidrocodonaA dosagem refere-se ao componente de hidrocodona. Dose máxima de 4000 mg/dia do componente paracetamol. A monoterapia com paracetamol deve ser interrompida.
ou
tramadol: adultos: 50-100 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas, máximo de 400 mg/dia
ou
oxicodona: adultos: 5-15 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4-6 horas
ou
sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 15-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas
amitriptilina ou gabapentina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se a dor nas articulações não responder a analgésicos, pode haver a presença de dor neuropática.
Se for constatado que a dor do paciente tem um componente neuropático (confirmado por meio do questionário Douleur Neuropathique 4 [DN4]), indica-se amitriptilina ou gabapentina.[59]Brito CAA, Marques CDL, Falcão MB, et al. Update on the treatment of musculoskeletal manifestations in chikungunya fever: a guideline. Rev Soc Bras Med Trop. 2020;53:e20190517. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7405653 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32756797?tool=bestpractice.com
A gabapentina é preferível nos pacientes idosos porque a amitriptilina pode causar sedação. Ela também é preferível nos pacientes com história de arritmias. A dose deve ser baixa no início e aumentada gradualmente de acordo com a resposta.
Esses agentes podem ser usados em conjunto com outros analgésicos.
A resposta deverá ser avaliada após 15 dias.
Opções primárias
amitriptilina: adultos: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia
ou
gabapentina: adultos: 300 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 1200 mg/dia
tratamento de complicações neuro-oftalmológicas
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento com corticosteroides é indicado em casos de encefalopatia, uveíte, neurite óptica, encefalomielite desmielinizante aguda ou neuropatia.[69]Tandale BV, Sathe PS, Arankalle VA, et al. Systemic involvements and fatalities during Chikungunya epidemic in India, 2006. J Clin Virol. 2009 Oct;46(2):145-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19640780?tool=bestpractice.com [70]Ganesan K, Diwan A, Shankar SK, et al. Chikungunya encephalomyeloradiculitis: report of 2 cases with neuroimaging and 1 case with autopsy findings. AJNR Am J Neuroradiol. 2008 Oct;29(9):1636-7. http://www.ajnr.org/content/29/9/1636.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18566010?tool=bestpractice.com [78]Murthy J. Chikungunya virus: the neurology. Neurol India. 2009 Mar-Apr;57(2):113-5. http://www.bioline.org.br/pdf?ni09036 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19439837?tool=bestpractice.com [79]Mahendradas P, Avadhani K, Shetty R. Chikungunya and the eye: a review. J Ophthalmic Inflamm Infect. 2013 Feb 11;3(1):35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23514031?tool=bestpractice.com
Os corticosteroides tópicos, agentes cicloplégicos e medicamentos para aliviar a pressão intraocular são úteis na uveíte anterior.[79]Mahendradas P, Avadhani K, Shetty R. Chikungunya and the eye: a review. J Ophthalmic Inflamm Infect. 2013 Feb 11;3(1):35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23514031?tool=bestpractice.com
Consulte um especialista para obter orientação quanto à escolha do(s) agente(s) e da dose.
anti-inflamatório não esteroidal (AINE) tópico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
AINEs sob a forma de adesivo transdérmico ou gel podem proporcionar alívio em casos de sinovite, bursite, artralgia e artrite. AINEs tópicos, em vez de orais/sistêmicos, são aceitáveis durante a fase inicial do curso da condição. O ideal é que o tratamento não dure mais de 2 semanas.
Opções primárias
diclofenaco tópico: (gel a 1%) adultos: aplicar na(s) área(s) afetada(s) até quatro vezes ao dia
ou
diclofenaco epolamina tópico: (adesivo transdérmico a 1.3%) adultos: aplicar um adesivo na área afetada duas vezes ao dia
aspiração da articulação e infiltração de corticosteroide
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Quando bursite ou artrite estiver associada a coleções de fluidos que não respondem a outras medidas, pode-se usar aspiração e infiltração de corticosteroides. O ideal é que este tratamento não seja oferecido mais de uma vez.
Opções primárias
acetato de metilprednisolona: adultos: 4-80 mg por injeção intra-articular em dose única (articulações pequenas: 4-10 mg; articulações médias: 10-40 mg; articulações grandes: 20-80 mg)
artrite de duração mais longa: sintomas de artrite reumatoide
medicamento antirreumático modificador de doença (MARMD)
Para pacientes que desenvolvem sintomas semelhantes aos de artrite reumatoide pelo menos 12 semanas após o início da doença, MARMDs são indicados, particularmente em pacientes com anticorpos antipeptídeos citrulinados cíclicos positivos.
O MARMD de escolha é a hidroxicloroquina. O metotrexato é uma opção de segunda linha.[59]Brito CAA, Marques CDL, Falcão MB, et al. Update on the treatment of musculoskeletal manifestations in chikungunya fever: a guideline. Rev Soc Bras Med Trop. 2020;53:e20190517. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7405653 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32756797?tool=bestpractice.com Embora haja uma carência de dados que comparem a hidroxicloroquina e o metotrexato, a hidroxicloroquina geralmente é a recomendação de primeira linha porque tem um melhor perfil de efeitos adversos em comparação com o metotrexato, que está associado a hepatotoxicidade e a mielotoxicidade. A hidroxicloroquina não é recomendada para pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase por causa do aumento do risco de efeitos hematológicos adversos. Se a dor persistir após uma tentativa terapêutica de 8 semanas com hidroxicloroquina, a sulfassalazina poderá ser adicionada. Se o tratamento combinado não for efetivo, poderá ser prescrito ao paciente o metotrexato. Ácido fólico é recomendado em combinação com metotrexato para diminuir o risco de efeitos adversos. Opções alternativas incluem monoterapia com leflunomida e sulfassalazina.[71]Bouquillard E, Combe B. A report of 21 cases of rheumatoid arthritis following Chikungunya fever. A mean follow-up of two years. Joint Bone Spine. 2009 Dec;76(6):654-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19945329?tool=bestpractice.com [89]Direction Generale de la Sante. National recommendations on the management of Chikungunya [in French]. Nov 2014 [internet publication]. http://www.sante.gouv.fr/IMG/pdf/2014-Chikungunya-recommandations_SPILF_2014.pdf [92]Gaujoux-Viala C, Gossec L, Cantagrel A, et al. Recommendations of the French Society for Rheumatology for managing rheumatoid arthritis. Joint Bone Spine. 2014 Jul;81(4):287-97. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1297319X14001419?via%3Dihub http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24986683?tool=bestpractice.com [93]Ganu MA, Ganu AS. Post-chikungunya chronic arthritis-our experience with DMARDs over two year follow up. J Assoc Physicians India. 2011 Feb;59:83-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21751641?tool=bestpractice.com
Esses medicamentos devem ser prescritos exclusivamente por um especialista, e o tratamento deve ser supervisionado por um reumatologista. É necessário realizar monitoramento clínico e laboratorial antes e durante o tratamento. Os pacientes devem ser avaliados a cada 6 semanas. Em geral, utiliza-se a escala visual analógica para avaliar a intensidade da dor. O tratamento deverá ser interrompido quando o paciente estiver sem dor.
Opções primárias
hidroxicloroquina: adultos: 6 mg/kg/dia por via oral, máximo de 600 mg/dia
Opções secundárias
hidroxicloroquina: adultos: 6 mg/kg/dia por via oral, máximo de 600 mg/dia
e
sulfassalazina: adultos: 0.5 a 1 g/dia por via oral inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2-3 g/dia administrados em 2-3 doses fracionadas
ou
metotrexato: adultos: 7.5 mg por via oral uma vez por semana, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/semana
e
ácido fólico: adultos: 5 mg por via oral uma vez por semana no dia seguinte à dose de metotrexato
Opções terciárias
leflunomida: adultos: 100 mg por via oral uma vez ao dia por 3 dias, seguidos por 20 mg uma vez ao dia
ou
sulfassalazina: adultos: 0.5 a 1 g/dia por via oral inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2-3 g/dia administrados em 2-3 doses fracionadas
artrite de duração mais longa: sintomas de espondiloartropatia
anti-inflamatório não esteroidal (AINE) ou medicamento antirreumático modificador de doença (MARMD)
Os pacientes com sintomas parecidos com os da espondiloartropatia 12 semanas ou mais após o início da doença devem ser tratados preferencialmente com AINEs. O tratamento não deve exceder 3 a 4 semanas.
O metotrexato e a sulfassalazina também podem ser usados como alternativas de segunda linha. Os agentes biológicos, como os inibidores do fator de necrose tumoral alfa (por exemplo, infliximabe), só devem ser usados em casos refratários. O ácido fólico é recomendado em combinação com o metotrexato para diminuir o risco de efeitos adversos.
Os MARMDs só devem ser prescritos por um especialista e o tratamento deve ser gerenciado sob supervisão de um reumatologista. É necessário realizar monitoramento clínico e laboratorial antes e durante o tratamento. Os pacientes devem ser avaliados a cada 6 semanas. Em geral, utiliza-se a escala visual analógica para avaliar a intensidade da dor. O tratamento deverá ser interrompido quando o paciente estiver sem dor.
Opções primárias
ibuprofeno: crianças: ≥6 meses de idade: 4-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: crianças ≥2 anos de idade: 5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia; adultos: 250-500 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia, máximo de 1000 mg/dia
ou
celecoxibe: crianças ≥2 anos de idade 10-25 kg: 50 mg por via oral duas vezes ao dia; crianças ≥2 anos de idade e >25 kg: 100 mg por via oral duas vezes ao dia; adultos: 200 mg/dia por via oral administrados em dose única ou em 2 doses fracionadas
Opções secundárias
metotrexato: adultos: 7.5 mg por via oral uma vez por semana, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/semana
e
ácido fólico: adultos: 5 mg por via oral uma vez por semana no dia seguinte à dose de metotrexato
ou
leflunomida: adultos: 100 mg por via oral uma vez ao dia por 3 dias, seguidos por 20 mg uma vez ao dia
ou
sulfassalazina: adultos: 0.5 a 1 g/dia por via oral inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 2-3 g/dia administrados em 2-3 doses fracionadas
Opções terciárias
infliximabe: adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
artrite de duração mais longa: poliartrite indiferenciada
anti-inflamatório não esteroidal (AINE) ou corticosteroide ou metotrexato
Em pacientes com poliartrite indiferenciada às 12 semanas ou mais após o início da doença, AINEs são o tratamento de primeira escolha. O tratamento não deve exceder 3 a 4 semanas.
Uma opção alternativa é um corticosteroide. A terapia oral é preferível; no entanto, a terapia parenteral pode ser considerada em casos mais graves.
Casos refratários podem ser tratados com metotrexato. Ácido fólico é recomendado em combinação com metotrexato para diminuir o risco de efeitos adversos. Ele deve ser prescrito exclusivamente por um especialista e o tratamento deve ser supervisionado por um reumatologista. É necessário realizar monitoramento clínico e laboratorial antes e durante o tratamento.
Os pacientes devem ser avaliados a cada 6 semanas. Em geral, utiliza-se a escala visual analógica para avaliar a intensidade da dor. O tratamento deverá ser interrompido quando o paciente estiver sem dor.
Opções primárias
ibuprofeno: crianças: ≥6 meses de idade: 4-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 200-400 mg por via oral a cada 4-6 horas, máximo de 2400 mg/dia
ou
naproxeno: crianças ≥2 anos de idade: 5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia; adultos: 250-500 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia, máximo de 1000 mg/dia
ou
celecoxibe: crianças ≥2 anos de idade 10-25 kg: 50 mg por via oral duas vezes ao dia; crianças ≥2 anos de idade e >25 kg: 100 mg por via oral duas vezes ao dia; adultos: 200 mg/dia por via oral administrados em dose única ou em 2 doses fracionadas
Opções secundárias
prednisolona: crianças e adultos: 0.5 a 1 mg/kg/dia por via oral por até 2 semanas
ou
acetato de metilprednisolona: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 120 mg por via intramuscular uma vez ao dia por 3 dias
Opções terciárias
metotrexato: adultos: 7.5 mg por via oral uma vez por semana, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/semana
e
ácido fólico: adultos: 5 mg por via oral uma vez por semana no dia seguinte à dose de metotrexato
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