História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os fatores de risco para defeitos da parede abdominal incluem tabagismo e infecção materna durante a gravidez.
idade materna <20 anos (gastrosquise)
idade materna >35 anos (onfalocele)
alfafetoproteína sérica materna elevada (gastrosquise)
ultrassonografia pré-natal positiva
Defeitos da parede abdominal do feto costumam ser detectados na ultrassonografia pré-natal de rotina, no segundo trimestre, quando pode ser visualizada uma massa abdominal fora da parede abdominal.
Durante a ultrassonografia no segundo trimestre, esses defeitos são caracterizados por massas da parede abdominal e intestino ecogênico fora da parede abdominal. Na gastrosquise, podem ser detectadas alças de intestino dilatadas e cheias de fluido que flutuam livremente no líquido amniótico e, em alguns casos, atresia intestinal.
anomalias cromossômicas fetais (onfalocele)
Se a evidência de onfalocele for confirmada na ultrassonografia, procedimentos invasivos, como a amniocentese realizada na 15ª a 20ª semana de gestação, ou a amostra de vilosidade coriônica realizada na 10ª a 12ª semana de gestação, poderão ser realizados para avaliar a possibilidade de anomalias cromossômicas associadas, como a trissomia do cromossomo 13, trissomia do cromossomo 18, trissomia do cromossomo 21, síndrome de Turner, síndrome de Klinefelter ou triploidia.[9][17][20]
conteúdo abdominal externo à parede abdominal
Onfaloceles são defeitos da parede abdominal que variam de 4 a 12 cm de tamanho e podem estar localizados centralmente ou nas regiões epigástrica ou hipogástrica. Na onfalocele, como o conteúdo abdominal tem um revestimento membranoso protetor in utero, os intestinos são geralmente saudáveis ao nascer.
Na gastrosquise, a ausência de um revestimento membranoso protetor faz com que o conteúdo abdominal flutue livremente no útero, causando uma reação química que cria um filme inflamatório espesso ou membrana que recobre o intestino. A gastrosquise é comumente associada à atresia intestinal, que ocorre em 10% a 15% dos casos, e está relacionada com a isquemia do intestino exposto causada pela constrição do seu fornecimento de sangue mesentérico no nível do defeito da parede abdominal.[31][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Membrana recobrindo o conteúdo abdominal na onfaloceleDo acervo de J.J. Tepas III, MD, FACS, FAAP [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Intestino extrudido no defeito da parede abdominalDo acervo de J.J. Tepas III, MD, FACS, FAAP [Citation ends].
Fatores de risco
Fortes
idade materna <20 anos (gastrosquise)
sexo masculino do neonato (gastrosquise)
idade materna >35 anos (onfalocele)
tabagismo
Evidências que respaldam uma associação entre o tabagismo durante a gravidez e o desenvolvimento de defeitos da parede abdominal no feto estão bem descritas para casos de gastrosquise e onfalocele. Foi sugerido que o tabagismo provoca vasoconstrição que contribui para a insuficiência placentária e a falha no desenvolvimento do sistema vascular.[11][13][14][15] A incidência de gastrosquise em bebês de mães adolescentes fumantes está aumentando.[3][4][9][10]
Fracos
infecção materna durante a gestação
Infecções e doenças maternas durante a gravidez são observadas em mães de lactentes com onfalocele e gastrosquise. Propõe-se que doenças maternas possam contribuir para a insuficiência placentária que, por sua vez, pode colaborar para o desenvolvimento de defeitos na parede abdominal.[4] Foi demonstrada também a associação da infecção geniturinária durante a gravidez aos defeitos da parede abdominal.[16]
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